No sábado, dia 2, houve sessão de cinema no Teatro Barracão, localizado na Praça da Bíblia (Avenida República Argentina, número 4331). Foi exibido Batismo de Sangue (2007, Brasil, direção: Helvécio Ratton). O evento foi organizado pela Casa do Teatro e pela Casa da América Latina e contou na mesa de debate com o professor da UNILA Fabrício Pereira da Silva (Ciência Política e Sociologia) e com o jornalista Aluízio Palmar, perseguido político durante a ditadura militar brasileira (1964-1985) e presidente do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu (CDHMP).
Mais de 70 alunos da UNILA estiveram presentes. O ônibus doado pelo Sr. Osmar Gebing do CDHMP contribuiu decisivamente para essa presença expressiva.
O debate tocou em pontos centrais da ditadura militar e da memória sobre o período.
Quanto aos militantes que, sob tortura, delataram companheiros, o professor Fabrício defendeu que é preciso romper o estigma de delatores e incluí-los entre as vítimas dos militares.
Aluízio Palmar destacou que a repressão não atuou apenas em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro e também se manifestou com força, por exemplo, em Foz do Iguaçu. Palmar também destacou que o tema ditadura militar, marcado pela violência, permite repensar a identidade nacional brasileira, geralmente influenciada pelas imagens de país pacífico, harmônico e de convergência.
Ambos questionaram a ideia de que os setores populares teriam apoiado – e ainda apoiariam – a ditadura. O professor Fabrício lembrou as votações expressivas obtidas pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), o partido de oposição aos militares. Aluízio Palmar ressaltou que existem histórias desconhecidas, por exemplo, de camponeses que resistiram à ditadura.
Que venha a próxima sessão!
Prof. Paulo Renato da Silva.
Quanto aos militantes que, sob tortura, delataram companheiros, o professor Fabrício defendeu que é preciso romper o estigma de delatores e incluí-los entre as vítimas dos militares.
Aluízio Palmar destacou que a repressão não atuou apenas em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro e também se manifestou com força, por exemplo, em Foz do Iguaçu. Palmar também destacou que o tema ditadura militar, marcado pela violência, permite repensar a identidade nacional brasileira, geralmente influenciada pelas imagens de país pacífico, harmônico e de convergência.
Ambos questionaram a ideia de que os setores populares teriam apoiado – e ainda apoiariam – a ditadura. O professor Fabrício lembrou as votações expressivas obtidas pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), o partido de oposição aos militares. Aluízio Palmar ressaltou que existem histórias desconhecidas, por exemplo, de camponeses que resistiram à ditadura.
Que venha a próxima sessão!
Prof. Paulo Renato da Silva.