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Mostrando postagens de outubro, 2015

Crise dos "refugiados": discussão da cobertura midiática.

Nossa série sobre migrações aborda hoje a cobertura dos meios de comunicação de massa da “crise dos refugiados”. Indicamos, em primeiro lugar, a leitura de duas reportagens do jornal Folha de S. Paulo que retratam as populações muçulmanas no Estado do Paraná e, em particular, em Foz do Iguaçu. http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/09/1684070-chegada-de-refugiados-muculmanos-mudam-cidades-do-interior-do-brasil.shtml http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/05/1627905-no-dia-do-muculmano-mulheres-explicam-como-e-seguir-o-isla-no-brasil.shtml Após a leitura, sugerimos que assistam ao programa Ver TV, da TV Brasil, exibido em setembro de 2015. Ali, especialistas das áreas de História, Comunicação Social, Relações Internacionais e Antropologia discutiram a forma como a mídia, e principalmente, a televisão aberta, trataram o tema dos deslocamentos humanos em questão. Profa. Mirian Santos Ribeiro de Oliveira. Prof. Pedro Afonso Cristovão dos Santos.

"Crise" dos refugiados: interpretações e narrativas.

Continuando nossa série sobre migrações, trazemos dois vídeos, com narrativas de atores interessados nos processos migratórios do Oriente Médio a outras regiões do mundo, a “crise dos refugiados”. Não se trata de análises acadêmicas, portanto. É relevante lembrar que os deslocamentos humanos envolvem os próprios migrantes e vários indivíduos e organizações nas terras de origem e de destino. As narrativas construídas pelos diferentes atores sociais são consideradas por historiadores, antropólogos e sociólogos, entre outros, em suas tentativas de compreensão da complexidade das dinâmicas migratórias contemporâneas. O primeiro vídeo, produzido pela agência alemã Kurzgesagt, explica a atual crise de refugiados entre o Oriente Médio e a Europa, apresentando uma visão crítica dos processos de deslocamento e de acolhimento envolvidos. Informação importante: o vídeo possui opção de legendas em português e espanhol na ferramenta “Settings” (Configurações). O segundo vídeo mostra um dos des

Migrações na História do Brasil.

Os estudos migratórios são, por natureza, interdisciplinares. Estabelecem diálogos entre diferentes áreas, como História, Antropologia, Sociologia, Demografia e Economia. Além disso, devido à dinâmica dos movimentos populacionais, os estudos acadêmicos estão em constante diálogo com os próprios sujeitos migrantes, com os formuladores de políticas públicas, com os meios de comunicação e com os artistas que tratam dos temas relacionados às migrações. Nossa série especial refletirá, em certa medida, este caráter interdisciplinar e plural dos estudos migratórios. Para começar, apresentamos um ponto de vista da História: o programa "Diálogo sem fronteira", da RTV Unicamp, sobre a história da imigração no Brasil. Trata-se de uma entrevista conduzida pelo professor Pedro Paulo Funari com a Profa. Maria Silvia Bassanezi, pesquisadora/historiadora do Núcleo de Estudos de População (NEPO) da Unicamp. Na entrevista, a profa. Bassanezi fala sobre as várias ondas migratórias ao longo

Pensar História na América Latina: Migrações.

Hoje começaremos uma série especial sobre história das migrações. Retomaremos uma atividade muito interessante realizada durante a Semana Acadêmica de História da Unila anunciada aqui no blog. Entre os dias 24 e 26 de agosto, nas escolas estaduais Presidente Castelo Branco e Barão do Rio Branco, uma equipe de professores e estudantes da Unila desenvolveu uma dinâmica com estudantes de ensino médio e magistério. A oficina “Pensar História na América Latina” trabalhou a temática da história das migrações através da história familiar dos estudantes. Utilizamos mapas que mostravam diferentes processos migratórios para a América Latina e o Brasil em distintos momentos históricos (como o mapa abaixo, extraído de ADAS, Melhem. Panorama geográfico brasileiro . São Paulo: Moderna, 2004, p. 285).  Em um primeiro momento, com a classe disposta em um círculo, questionamos os alunos se eles mesmos se imaginavam migrantes, isto é, se pensavam em sair de Foz do Iguaçu em algum momento de

Ginzburg, internet e leitura - parte II.

Hoje apresentamos a segunda parte da conferência de Carlo Ginzburg sobre as mudanças que a internet trouxe para a leitura: E assim terminamos esta série especial sobre História Cultural. Voltaremos ao tema em outras oportunidades. Na próxima segunda-feira, dia 19, o blog começa uma série especial sobre migrações, escrita pela Profa. Mirian Santos Ribeiro de Oliveira e pelo Prof. Pedro Afonso Cristovão dos Santos. Prof. Paulo Renato da Silva.

Ginzburg, internet e leitura.

Seguimos com Carlo Ginzburg. Hoje e na próxima postagem, o historiador italiano explora um tema recorrente da História Cultural: a leitura. No vídeo a seguir, Ginzburg analisa as transformações sofridas pela leitura na era da internet: Prof. Paulo Renato da Silva.

Carlo Ginzburg e o "paradigma indiciário".

Nesta série especial sobre a História Cultural não poderia faltar o historiador italiano Carlo Ginzburg, autor do clássico O Queijo e os Vermes (1976), um dos principais trabalhos de Micro-História. Carlo Ginzburg ficou conhecido, dentre outras razões, pela defesa do “paradigma indiciário”. Trata-se de uma metodologia de pesquisa praticada em várias áreas do conhecimento e de difícil definição. Entretanto, podemos dizer, resumidamente, que se trata de um método que presta atenção nos “detalhes” de uma fonte, nos seus elementos “marginais” ou em fontes incomuns, que “não se encaixam” no que esperamos encontrar em uma pesquisa. Assim, evitaríamos generalizações sobre a cultura e a identidade de sujeitos e grupos sociais, como faz Ginzburg em O Queijo e os Vermes . No livro, Ginzburg mostra a particular concepção de mundo de Domenico Scandella, um moleiro do século XVI que foi perseguido e condenado pela Inquisição. No vídeo a seguir, a professora Ana Gicelle García Alaniz nos fala u

Michel de Certeau: vida e obra.

Outro nome constantemente relacionado à História Cultural é o historiador francês Michel de Certeau (1925-1986), autor de livros referenciais como A Escrita da História , A Invenção do Cotidiano e A Cultura no Plural . No documentário a seguir, disponível no Youtube, podemos conhecer um pouco mais sobre a vida e a obra de de Certeau. O documentário nos mostra de Certeau como um historiador engajado, seja na resistência ao nazismo ou na discussão de políticas públicas na esfera cultural. Além disso, o documentário aborda alguns dos pontos mais importantes de sua obra, como o conhecimento sobre o "outro", a escrita da História, os conceitos de "popular" e "erudito" e as relações que os sujeitos estabelecem com os meios de comunicação e as instituições estatais. O documentário nos mostra, ainda, o interesse de de Certeau pela América Latina, onde esteve inúmeras vezes, inclusive no conturbado período das ditaduras militares. Prof. Paulo Renato da S

"Sexualidade e Erotismo na História do Brasil", por Mary del Priore.

Hoje seguimos com alguns dos novos objetos que caracterizam a História Cultural. No vídeo a seguir, a historiadora Mary del Priore analisa a sexualidade e o erotismo na história brasileira. Prof. Paulo Renato da Silva.