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Mostrando postagens de 2020

Ásia na rede: recursos on-line para conhecer mais sobre história(s) e cultura(s) asiática(s)

Na última postagem da série especial sobre História da Ásia de 2020, apresentamos um roteiro de viagem virtual, que convida noss@s leitor@s a conhecer um pouco mais sobre expressões artísticas asiáticas – elaboradas e apreciadas em diferentes períodos históricos. Uma boa viagem e aguardamos vocês com mais História em fevereiro de 2021, no Blog de História da UNILA !   Ásia na rede: recursos on-line para conhecer mais sobre história(s) e cultura(s) asiática(s)   Durante o ano de 2020, muitas atividades presenciais ganharam nova vida em diferentes formatos digitais. Nesta postagem, indicaremos algumas possibilidades de aproximação com a história e a cultura de regiões asiáticas por meio da internet. Organizações como Fundação Japão e ICArabe mantiveram-se bastante ativas e ofereceram variadas atividades virtuais. Seus websites merecem ser visitados por pessoas que se interessam pelo Japão e por países árabes. Nossa jornada virtual abrangerá uma distância geográfica mais ampla

Psicohistória(s): o inconsciente e a escrita da história

Em uma série de contos publicados ao longo da década de 1940, reunidos posteriormente em uma trilogia publicada entre 1951 e 1953, o autor de ficção científica Isaac Asimov (1920-1992) lançou a ideia de uma psicohistória . A psicohistória, uma criação do personagem Hari Seldon, um matemático, protagonista dos primeiros volumes da série Fundação , proporcionaria, por meio de equações matemáticas, “prever o futuro”. A partir do estudo da história, especialmente do comportamento dos indivíduos (daí a junção entre psicologia e história), a psicohistória aplica as leis da estatística para prever o desenrolar dos eventos contemporâneos. A psicohistória deveria, pois, equilibrar preceitos das diferentes disciplinas que trazia em si. Pelo lado da estatística, demandava o estudo de populações de bilhões de indivíduos, em largos períodos de tempo, para que a probabilidade estatística tivesse validade histórica. Pelo lado da psicologia e da história, a população cujo futuro estava sendo previsto

Uma poderosa ferramenta ideológica: uma história da ideia de "normal"

O ano de 2020 teve como um de seus principais conceitos a ideia de “normal”. Da chegada de um “novo normal”, ao retorno à normalidade (representado pela vitória de Joe Biden sobre Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas, por exemplo, marcando uma suposta volta à política “normal”), neste ano muito foi dito a respeito de desvios, anomalias e vida “normal”. Desde quando, e por quê, passamos a usar a ideia de ‘normal” nesse sentido? Quais suas origens no pensamento ocidental? Uma imagem do “novo normal”: Candidatos a Papai Noel em Londres têm sua temperatura medida e usam máscaras (imagem disponível em https://edition.cnn.com/2020/05/20/world/gallery/new-normal-coronavirus/index.html , acesso em 03/12/2020) O filósofo e historiador da ciência canadense Ian Hacking (1936-) estudou a transformação dessa ideia no livro Domando o acaso ( The Taming of Chance , 1990). Segundo Hacking, o sentido moderno de “normal” surge na década de 1820. A ideia traz a marca do século XI

La receta de la gastrodiplomacia: conquistando el paladar desde Asia

En la edición del mes de noviembre de la serie especial sobre Historia de Asia, seguiremos con el tema de la alimentación , concentrándonos en la gastronomía. En el área de las Relaciones Internacionales existe un concepto para describir la capacidad que tiene un Estado para influir en las acciones o intereses de otros actores valiéndose de medios culturales en complemento con medios diplomáticos: soft power . Hoy día, es cada vez más frecuente encontrarnos con iniciativas que tienen como objetivo reforzar la imagen de un país fuera de sus fronteras por medio de la gastronomía. A esta conjunción entre gastronomía y diplomacia se la conoce como gastrodiplomacy y ¡tiene su origen en Asia! Analizamos este tema en otro momento, con énfasis en las políticas de la gastrodiplomacia china para América Latina (MARTÍNEZ, 2018). En esta nueva edición mensual, nos gustaría presentarles cómo, cuándo y dónde nació la gastrodiplomacia, esta faceta deliciosa de diplomacia cultural. ¡Acompáñennos y bu

Pessoas e suas motivações: teoria da história, criminologia e quadrinhos

Uma das principais discussões em Teoria da História talvez seja sobre seu tema mais básico: qual o objeto de estudo dos historiadores? Para a teoria idealista da história e alguns de seus desdobramentos, o objeto de estudo dos historiadores são as ações humanas. Mas o historiador faz, evidentemente, mais do que apenas registrar essas ações. Procura explicá-las, o que gera uma consequência importante daquela definição: os historiadores devem reconstituir e explicar as ações humanas. Seu objeto principal, por isso, são as causas, motivações e finalidades das ações humanas na história.   É desse modo que se expressa, por exemplo, o filósofo da História William Dray: “a história é um estudo da ação humana”; porém, essa “simples concepção (...) requer, portanto, que a versão do historiador se apresente em termos amplamente finalísticos” (Dray, 1977, p. 43), isto é, em termos de finalidades. Para compreender uma ação, devemos compreender os fins que a motivaram. Dray indica um historiado

Produtores, e não apenas consumidores, de história: Raphael Samuel, as Oficinas de História e os trabalhadores historiadores de si mesmos

A historiografia marxista britânica do período pós-II Guerra Mundial deixou marcas relevantes nas formas de se pensar e escrever história. A principal foi, decerto, a proposta de uma “história vista de baixo”, mas outras iniciativas são, até hoje, importantes por suas perspectivas críticas e criativas (como a colaboração interdisciplinar na elaboração dos chamados Estudos Culturais , por exemplo). Dentre as iniciativas surgidas do seio deste grupo de historiadores e historiadoras está uma atividade que uniu pesquisa e escrita da história, pedagogia e política: a History Workshop (Oficinas de História), do Ruskin College, espaço para educação de adultos em Oxford, Inglaterra. As oficinas foram concebidas e coordenadas, em seus primeiros anos, por Raphael Samuel (1934-1996), historiador marxista e militante socialista. O historiador britânico Raphael Samuel (1943-1996). Imagem disponível em  https://raphaelsamuelhistorycentre.com/projects/the-raphael-samuel-memorial-lecture/ , acesso 06