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90 Anos da Semana de Arte Moderna de São Paulo.

2012 promete ser um ano com boas discussões históricas. Completaremos 90 anos da Semana de Arte Moderna, realizada na cidade de São Paulo em 1922. Houve movimentos semelhantes no restante da América Latina.
O modernismo é um tema interessante para se discutir a identidade brasileira e, mais amplamente, a latino-americana. Os modernistas costumavam abordar “temas” nacionais, mas seguiam predominantemente uma “estética” estrangeira. Qual é a possibilidade de termos uma identidade brasileira/latino-americana “autêntica”? Qual é o peso das influências culturais estrangeiras em nossa identidade? Essas influências mantêm suas características “originais” na América Latina ou assumem traços “locais”?
Este tema foi uma sugestão do Paulo Alves Pereira Júnior, aluno do curso de História. Mande a sua sugestão também.

Abaporu (1928), da pintora brasileira Tarsila do Amaral.

Prof. Paulo Renato da Silva.

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A perspectiva na pintura renascentista.

Outra característica da pintura renascentista é o aprimoramento da perspectiva. Vejamos como a Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais se refere ao tema: “Técnica de representação do espaço tridimensional numa superfície plana, de modo que a imagem obtida se aproxime daquela que se apresenta à visão. Na história da arte, o termo é empregado de modo geral para designar os mais variados tipos de representação da profundidade espacial. Os desenvolvimentos da ótica acompanham a Antigüidade e a Idade Média, ainda que eles não se apliquem, nesses contextos, à representação artística. É no   renascimento   que a pesquisa científica da visão dá lugar a uma ciência da representação, alterando de modo radical o desenho, a pintura e a arquitetura. As conquistas da geometria e da ótica ensinam a projetar objetos em profundidade pela convergência de linhas aparentemente paralelas em um único ponto de fuga. A perspectiva, matematicamente fundamentada, desenvolve-se na Itália dos séculos XV e

"Progresso Americano" (1872), de John Gast.

Progresso Americano (1872), de John Gast, é uma alegoria do “Destino Manifesto”. A obra representa bem o papel que parte da sociedade norte-americana acredita ter no mundo, o de levar a “democracia” e o “progresso” para outros povos, o que foi e ainda é usado para justificar interferências e invasões dos Estados Unidos em outros países. Na pintura, existe um contraste entre “luz” e “sombra”. A “luz” é representada por elementos como o telégrafo, a navegação, o trem, o comércio, a agricultura e a propriedade privada (como indica a pequena cerca em torno da plantação, no canto inferior direito). A “sombra”, por sua vez, é relacionada aos indígenas e animais selvagens. O quadro “se movimenta” da direita para a esquerda do observador, uma clara referência à “Marcha para o Oeste” que marcou os Estados Unidos no século XIX. Prof. Paulo Renato da Silva. Professores em greve!