Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2016

Literatura e História: a ficção como fonte para o historiador

Como as obras de literatura podem ser usadas como fontes pelo historiador? Como podem ajudá-lo a conhecer melhor uma época ou sociedade? Certamente a literatura não funciona como banco de dados, ou registro de informações históricas precisas (datas, falas, eventos), a serem extraídos pelo historiador. O que podemos buscar na literatura, portanto, para nossos estudos históricos? A historiadora brasileira Sandra Jatahy Pesavento (1946-2009) dedicou-se a pensar esse uso da literatura enquanto fonte em estudos como “O mundo como texto: leituras da História e da Literatura” (PESAVENTO, 2003). Pesavento discute nesse texto dois tipos de relação entre essas escritas: a relação epistemológica, voltada a pensar as fronteiras entre verdade e ficção, e o uso da Literatura como fonte pela historiografia. No segundo caso (sobre o primeiro falaremos mais em nosso próximo post), Pesavento resume o que o historiador pode (e não pode) esperar obter da leitura de obras de ficção: Se o historiador

Recomendaciones de sitios: música, cine e historia

Este post será dedicado a dos sitios que nos proporcionan interesantes recursos para pensar historia y música, por un lado, y historia y cine por otro. El sitio Música Brasilis ( http://musicabrasilis.org.br/ ), creado en 2009 por la investigadora y Doctora en Informática Rosana Lanzelotte, proporciona un paseo virtual por la historia de la música brasileña. Además de una línea del tiempo con los principales momentos de la música brasileña, el sitio ofrece recursos para conocer compositores e instrumentos musicales. Un destaque es la sección ‘’Escucha Guiada’’, compuesta de videos en los cuales acompañamos la audición de una pieza musical a través de su partitura y de comentarios sobre la evolución de la melodía. En la sección ‘’Temas’’ encontramos interesantes estudios sobre géneros y compositores de la música brasileña, como el Lundu, Heitor Villa-Lobos, además de ‘’Una breve historia del Himno Nacional Brasileño’’. Completando la variedad de recursos de Música Brasilis , el sitio d

Historia y Antropología: aproximaciones a partir de E. P. Thompson

‘’[A]l igual que la historia económica presupone la disciplina de la economía, la historia social (en su examen sistemático de las normas, las expectativas, los valores) debe presuponer la disciplina de la antropología social. No podemos estudiar los rituales, las costumbres, las relaciones de parentesco, sin detener el proceso de la historia de vez en cuando, y someter los elementos a un análisis estructural estático y sincrónico’’   (THOMPSON, 2000, p. 36). A  partir de esa afirmación categórica, el historiador inglés E.P. Thompson (1924-1993) definió la importancia de la antropología para el estudio de la historia social: de la misma forma que los historiadores de historia económica deben conocer economía, el estudio de la historia social debe suponer el conocimiento de la antropología social. Esta reflexión está en el articulo ‘’Historia y Antropología’’, versión de conferencia que Thompson refirió en la India en 1976. Thompson es uno de los historiadores marxistas más influ

Histórias transnacionais, História Global e História-mundo: conexões pela história

A partir do final do século XX, uma parcela dos historiadores, de diferentes origens, passou a questionar a predominância de uma perspectiva nacionalista da história. A compreensão dos Estados nacionais como unidades quase naturais (ou, ao menos, essencializadas) dos processos históricos, percepção que remonta à disciplinarização da História no século XIX, passou a ser contestada, tendo em vista os eventos históricos que marcaram a mudança para o nosso século. A mundialização, ou globalização, a formação de blocos transnacionais como a União Europeia e o Mercosul estão entre os eventos que formaram esse contexto de questionamento ao paradigma nacionalista. Em um movimento muito articulado aos estudos latino-americanistas, como apontou Barbara Weinstein (2013), os historiadores do outrora chamado “Terceiro Mundo”, em especial a partir das décadas de 1980 e 1990, puseram em dúvida sobretudo a ausência de protagonismo de suas regiões nas narrativas históricas. América Latina, África, Ási

Recomendações de sites: música, cinema e história

Nosso post hoje será dedicado a dois sites que nos fornecem interessantes recursos para pensar história e música, por um lado, e história e cinema, por outro. O site Musica Brasilis (http://musicabrasilis.org.br/), criado em 2009 pela pesquisadora e Doutora em Informática Rosana Lanzelotte, proporciona um passeio virtual pela história da música brasileira. Além de uma linha do tempo com os principais momentos da música brasileira, o site oferece recursos para conhecer compositores, gêneros e instrumentos musicais. Um destaque é a seção “Escuta Guiada”, composta de vídeos nos quais acompanhamos a audição de uma peça musical através de sua partitura e de comentários sobre a evolução da melodia. Na seção “Temas” encontramos interessantes estudos sobre gêneros e compositores da música brasileira, como o Lundu, Heitor Villa-Lobos, além de “Uma breve história do Hino Nacional Brasileiro”. Completando a variedade de recursos do Musica Brasilis , o site ainda disponibiliza jogos, notícias e

História e Antropologia: aproximações a partir de E. P. Thompson

“ [A]l igual que la historia económica presupone la disciplina de la economía, la historia social (en su examen sistemático de las normas, las expectativas, los valores) debe presuponer la disciplina de la antropología social. No podemos estudiar los rituales, las costumbres, las relaciones de parentesco, sin detener el proceso de la historia de vez en cuando, y someter los elementos a un análisis estructural estático y sincrónico” (THOMPSON, 2000, p. 36) A partir dessa afirmação categórica, o historiador inglês E. P. Thompson (1924-1993) definiu a importância da antropologia para o estudo da história social: da mesma forma que os historiadores de história econômica devem conhecer economia, o estudo da história social deve pressupor o conhecimento da antropologia social.  Esta reflexão está no artigo “Historia y Antropología”, versão de conferência que Thompson proferiu na Índia em 1976. Thompson é um dos historiadores marxistas mais influentes na historiografia desde meados do

Los indígenas para las historias nacionales en América Latina

Como los indígenas fueron incorporados a las historias nacionales latino-americanas? La respuesta a esa cuestión envuelve una larga investigación, pero aquí en el blog podemos levantar algunas interpretaciones iníciales sobre el lugar de los indígenas en la historia, relacionadas a las visiones sobre su lugar en las propias sociedades. Tales interpretaciones marcaron la escrita de la historia del siglo XIX al siglo XX. Para el historiador argentino Fabio Wasserman, la visión de los historiadores de la región del Rio de la Plata y de Chile en el periodo pos-independencia sufrió cambios a lo largo del siglo XIX. De modo general, los indígenas eran, para los historiadores de entonces, abstracciones . Eran un pasado parte del presente, pues se consideraba que no habían sufrido transformaciones históricas significativas en su modo de vida. Había un consenso al respecto de su futura desaparición, o por absorción a la sociedad criolla , por extinción o eliminación por las manos de los blan