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Mostrando postagens de julho, 2011

Fragmentos da ANPUH III: Lívio Abramo no Paraguai.

Xilogravura da série "Paraguay" (fonte: < http://www.stickel.com.br/atc/arte/839 >).                         No dia 22, a jornalista e crítica de arte Margarida Nepomuceno apresentou a comunicação A Missão Cultural Brasileira e a Atuação de Lívio Abramo no Paraguai .             A autora explicou que a missão cultural em questão era um programa da embaixada brasileira no Paraguai, exemplo da necessidade de se incorporar efetivamente a esfera cultural no estudo das relações internacionais. Nepomuceno destacou que, a partir da década de 1940, o Brasil estabeleceu parcerias com o Paraguai que previam, por exemplo, o ensino da língua portuguesa no país e, nas décadas seguintes, as parcerias se diversificaram para o âmbito artístico.             O gravador, ilustrador e desenhista Lívio Abramo era natural de Araraquara, Estado de São Paulo. Na década de 1930, atuou em O Homem Livre , um jornal antifascista. Nesse período, a sua obra foi marcada pelo tema da Guerra Civil Espa

Modernidade, Estados Nacionais e Capitalismo na Europa.

            Aos que se interessam por esses temas ou farão a disciplina no semestre que vem, indico para as férias as seguintes leituras, disponíveis na biblioteca ou on-line: * ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador . Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993. v. 2. p. 15-22; 193-274. *ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista . São Paulo: Brasiliense, 2004. p. 15-41. *MARIUTTI, Eduardo Barros. A Transição do Feudalismo ao Capitalismo: um balanço do debate . p. 149-173. Disponível em: < http://cutter.unicamp.br/document/?code=vtls000197596 >. Acesso em: 16 jul. 2011. *GÓMEZ, Francisco Javier Pizarro; MIX, Miguel Rojas. Mitos y monstruos del imaginario americano como laberinto de la identidad. In: MARCONDES, Neide; BELLOTTO, Manoel (Orgs.). Labirinto e Nós: imagem ibérica em terras da América . São Paulo: Editora da UNESP; Imprensa Oficial do Estado, 1999. p. 21-38. *HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade . Rio de Janeiro: DP&A, 2006. p. 23-65.             Prof

Eva Perón, Memória e História.

            Ainda sobre Evita, encaminho link de um breve artigo de Luis Bruschtein publicado no jornal Página 12 , o qual faz um interessante balanço da trajetória e da memória da conhecida e polêmica ex-primeira-dama argentina: < http://www.pagina12.com.ar/diario/elpais/1-173155-2011-07-27.html >.             Prof. Paulo Renato da Silva.

Retrato Gigante de Eva Perón na Argentina.

           Aos 59 anos da morte da ex-primeira-dama da Argentina, completados hoje, um retrato de ferro de dez andares evocará a memória - polêmica - de Evita em Buenos Aires. Leia reportagem em: < http://www1.folha.uol.com.br/mundo/950161-evita-peron-ganha-retrato-de-dez-andares-de-altura-na-argentina.shtml >.            Prof. Paulo Renato da Silva.

Fragmentos da ANPUH II: Imagem de Tupac Katari na Bolívia.

            Ainda na segunda, dia 18, foi apresentada por Licio Romero Costa a comunicação A importância da figura de Tupac Katari para os movimentos sociais indígenas bolivianos: o caso dos cocaleros e do MAS-IPSP . Licio destacou que Tupac Katari, ao contrário de Tupac Amaru no Peru, não tinha uma condição social privilegiada, o que reforçaria o apelo popular e social de sua imagem para os movimentos sociais bolivianos. Citando Silvia Rivera Cusicanqui, destacou ainda que a imagem de Tupac Katari surge no cruzamento de uma “memória longa” com uma “memória curta”. A primeira remontaria a processos vividos pelos indígenas desde a conquista da América pelos europeus, enquanto a segunda remontaria a processos mais recentes como a Revolução de 1952 na Bolívia, marcada por forte mobilização camponesa. No debate, foi lembrado que a imagem de Tupac Katari não é a única reivindicada pelos movimentos sociais bolivianos, mas, sobretudo a partir da década de 1980, o destaque dado a Katari seria

Fragmentos da ANPUH I: Graciliano Ramos, Intelectuais e Memória da Repressão no Brasil.

            A partir de hoje, apresentaremos algumas das principais pesquisas, ideias e questionamentos que apareceram durante o XXVI Simpósio Nacional de História, encerrado ontem na USP São Paulo.             Na segunda, dia 18, o professor Marcelo Ridenti (IFCH-UNICAMP) apresentou Memórias do Cárcere: Graciliano Ramos no meio do caminho . Além de narrar a trajetória do escritor, Ridenti destacou particularidades das relações entre Estado brasileiro e intelectuais nas décadas de 1930 e 1940. Graciliano Ramos foi preso pelo governo Vargas em 1936 na onda de repressão à Intentona Comunista de 1935 e foi solto apenas no ano seguinte: posteriormente, foi homenageado e empregado pelo mesmo governo. Como explicar isso? Não havia um mercado editorial consolidado, de tal modo que os escritores dependiam de empregos públicos para sobreviver. Apesar disso, Ridenti, citando Antônio Cândido, disse que servir na ditadura não necessariamente seria o mesmo que servir à ditadura.             Ridenti

Nova Biografia de Goulart.

            O historiador Jorge Ferreira acaba de lançar João Goulart, uma biografia . Leia reportagem e entrevista em: < http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/944384-historiador-lanca-livro-em-que-tenta-tirar-joao-goulart-do-limbo.shtml >.             Prof. Paulo Renato da Silva. 

Porto Nacional, 1974: a invisibilidade do norte.

            A seguir, artigo que publiquei no  Jornal do Tocantins em 23 de junho do ano passado:             " Na edição 320 da revista Veja, de 23 de outubro de 1974, foi publicada uma extensa reportagem sobre os desafios enfrentados pelos médicos no Brasil. Parte da reportagem tratou da experiência pioneira desenvolvida por Eduardo Manzano e sua esposa Heloísa em Porto Nacional: ambos, ainda residentes na cidade, são os fundadores da COMSAÚDE, entidade que desde 1969 desenvolve ações junto à comunidade nas áreas de saúde, desenvolvimento e educação. Vejamos como foi iniciada a parte sobre Porto Nacional:             “A recepção que Porto Nacional, um sonolento município goiano que se aninha entre os sopés da selva amazônica e as barrancas do Tocantins, ofereceu, há seis anos, a Eduardo Manzano e a sua mulher, Heloísa, compareceram apenas anônimos piuns, pernilongos e moscas. Nos dias seguintes, os recém-chegados forasteiros travaram contato com as baratas e os ratos, defrontar

Exposição Romantismo – A Arte do Entusiasmo.

           No site do MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), através da ferramenta ZoomArt, o internauta pode conferir em detalhes e boa definição nove obras da exposição Romantismo – A Arte do Entusiasmo . O link da exposição é: < http://www.masp.art.br/masp2010/zoom_art.php >.             Prof. Paulo Renato da Silva.

Um tour pelo debate de "As Bicicletas de Belleville".

            Sábado à noite teve mais uma sessão de cinema no Teatro Barracão. Desta vez pedalamos com As Bicicletas de Belleville , uma animação belgo-francesa de 2004. A narrativa gira em torno de uma avó, o seu neto e o cachorro Bruno, unidos pela paixão (ou seria obsessão?) pelo ciclismo. A história dá uma guinada quando bandidos sequestram o neto ciclista, que passa a ser usado em disputas envolvendo apostas. A animação passa a se concentrar na busca da avó e do cachorro pelos sequestradores.             As reações do público foram variadas, mas não excludentes. Para alguns, os treinos intensivos do ciclista pela avó seriam uma crítica à transformação do homem em uma espécie de máquina, que deveria ser infalível e se subordinar ao “sistema”, como demonstraria a falta de reação do ciclista diante dos sequestradores.             Outros, porém, consideram que a animação mostra como o “sistema” se apropria das aptidões de cada um, de nossa individualidade. Apesar da paixão da avó pela

No “Alcorão” não há Camelos.

          O escritor argentino Jorge Luis Borges (1899-1986) foi polêmico. De qualquer maneira, seu estilo irônico e provocador segue estimulando reflexões atuais. A seguir, uma crítica ao nacionalismo nas artes e no pensamento:           “Creio que Shakespeare se teria assombrado se tivessem dito que, como inglês, não tinha o direito de escrever Hamlet , de tema escandinavo, ou Macbeth , de tema escocês. O culto argentino da cor local é um recente culto europeu que os nacionalistas deveriam rejeitar por ser forâneo.           Encontrei dias atrás uma curiosa confirmação de que o verdadeiramente nativo costuma e pode prescindir da cor local; encontrei esta confirmação na História do Declínio e Queda do Império Romano , de Gibbon. Gibbon observa que no Alcorão , livro árabe por excelência, não há camelos; creio que se houvesse alguma dúvida sobre a autenticidade do Alcorão , bastaria essa ausência de camelos para provar que ele é árabe. Foi escrito por Maomé, e Maomé, como árabe, não ti

Memórias das Ditaduras Militares na América Latina.

            Com a (re)democratização, alguns países da América Latina organizaram comissões para denunciar crimes contra os direitos humanos cometidos durante as ditaduras militares. O resultado do trabalho de algumas dessas comissões pode ser consultado na íntegra na internet: *Argentina - “Nunca Más”, documento também conhecido como “Informe Sábato”: < http://www.desaparecidos.org/arg/conadep/nuncamas/ >. *Brasil - “Brasil Nunca Mais”: < http://www.dhnet.org.br/memoria/nuncamais/index.htm >. *Paraguai - “Informe Final”: < http://www.verdadyjusticia-dp.gov.py/documentos.html >. *Uruguai - "Investigación Histórica sobre la Dictadura y el Terrorismo de Estado en el Uruguay (1973-1985)": < http://www.rebelion.org/noticia.php?id=12227 >. No Paraguai e Uruguai, trata-se de um trabalho recente, ainda pouco explorado pelos pesquisadores. Outra possibilidade de pesquisa é um estudo comparativo entre esses documentos.             Prof. Paulo Renato da

Nesta semana tem Cinedebate no Barracão!

                    No próximo sábado, dia 9, às 19:00, será exibido As Bicicletas de Belleville no Teatro Barracão, localizado na Praça da Bíblia em Foz do Iguaçu (PR). Trata-se de uma animação sobre o amor e a perseverança. Confiram o trailer acima e não percam!            Prof. Paulo Renato da Silva.