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Mostrando postagens de setembro, 2015

Peter Burke: uma história do "cuidado".

O historiador inglês Peter Burke é outro nome importante relacionado à História Cultural. É autor de clássicos como A Fabricação do Rei: a construção da imagem pública de Luís XIV . No vídeo a seguir, do programa Café Filosófico , Burke faz uma breve história do "cuidado". É um claro exemplo dos objetos que marcam a História Cultural. Curiosidade: Burke é casado com a historiadora brasileira Maria Lúcia Pallares-Burke. Prof. Paulo Renato da Silva.

"O Grande Massacre de Gatos", de Robert Darnton.

Um dos textos mais conhecidos de Robert Darnton é O Grande Massacre de Gatos . No texto, Darnton nos conta que, no século XVIII, um grupo de trabalhadores franceses resolveu prender, julgar e condenar os gatos da vizinhança, inclusive os que pertenciam aos patrões. Nesta curiosa história, Darnton nos demonstra as articulações entre o “cultural” e o “social” que estamos comentando nas últimas postagens. A morte dos gatos dos patrões indica a crescente tensão social na França do período. Mas a importância da História Cultural surge quando fazemos as seguintes perguntas: por que os gatos? Por que não outro animal? Por que não outro tipo de ataque contra os patrões? O vídeo a seguir apresenta algumas respostas a essas perguntas. Prof. Paulo Renato da Silva.

Conferência "Historia Social y los Movimientos Sociales".

Hoje, dia 23, às 18:20, o Prof. Dr. Mauricio Archila Neira, da Universidade Nacional da Colômbia, dará a conferência "Historia Social y los Movimientos Sociales" na Sala Negra 2 da UNILA Centro. Os participantes receberão declaração com horas-atividade. Contamos com a presença de todos e nos ajudem a divulgar! Prof. Paulo Renato da Silva.

Darnton: Voltaire, Rosseau, "classe" e "cultura".

As diferenças entre a História Cultural e o marxismo são frequentemente destacadas pelos historiadores. Enquanto o marxismo explicaria os processos históricos a partir das diferenças entre as classes sociais, a História Cultural analisaria a história a partir de tensões culturais que estariam acima das diferenças sociais: para citar apenas um exemplo, preconceitos de gênero ou étnicos estão presentes tanto nas elites como nos setores populares. É importante diferenciar as dinâmicas “culturais” das “sociais”, mas, conforme apontamos na última postagem, também é necessário articular as duas esferas. No vídeo a seguir, Darnton nos dá um exemplo interessante. Voltaire e Rosseau tinham origens sociais diferentes. A origem “popular” de Rosseau explicaria o seu pensamento “democrático”, enquanto o “aristocrático” Voltaire tinha uma posição conservadora em relação aos setores populares. Contudo, apesar dessas diferenças, ambos teciam críticas semelhantes e profundas à sociedade do “An

Darnton: escritores, leitores e poder.

No vídeo a seguir, Darnton continua com o tema do iluminismo. O historiador nos propõe uma história da leitura na qual o escritor e o leitor não sejam pensados isoladamente. Em outras palavras, ao destacar o poder que a palavra escrita tinha no século XVIII francês, Darnton nos lembra que o “cultural” também é “social” e “político”, em uma relação marcada por convergências e tensões.   Prof. Paulo Renato da Silva.  

Robert Darnton, o iluminismo e a "felicidade".

O historiador norte-americano Robert Darnton é outra referência importante da História Cultural. Especialista em História da França no século XVIII, Darnton se destaca pelos seus estudos sobre o iluminismo e a Revolução Francesa. No vídeo a seguir, Darnton faz breves considerações sobre o iluminismo, a “felicidade” e o Estado de bem estar social do século XX, indicando uma preocupação com a historicidade das “ideias”. Prof. Paulo Renato da Silva.

Roger Chartier e a história do livro e da leitura.

O historiador francês Roger Chartier é considerado um dos principais nomes da História Cultural. Sua obra nos indica como a História Cultural “olha” o passado e também a busca por novos objetos. Nesta entrevista concedida em 2001 ao programa Roda Viva da TV Cultura, Chartier nos fala sobre a história do livro e da leitura e as mudanças provocadas pela difusão dos textos digitais. Prof. Paulo Renato da Silva.

As representações de Maria, um exemplo de História Cultural.

Hoje publicamos novamente uma postagem representativa das discussões sobre História Cultural. O historiador francês Roger Chartier destaca que a História Cultural “(...) tem por principal objeto identificar o modo como em diferentes lugares e momentos uma determinada realidade social é construída, pensada, dada a ler.” (CHARTIER: 1990, p. 16-17). Um bom exemplo disso pode ser visto na forma como a tradição mariana é lida em diferentes países e culturas. A representação de Maria, mãe de Jesus para os cristãos, incorpora elementos distintos ao redor do mundo. Vejamos dois exemplos particularmente interessantes e com os quais temos menos contato: representações de Maria com traços orientais. Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos - Coréia. Santuário Nacional de Luján, Argentina. Maria, Mãe da Alegria - Japão. Santuário Nacional de Luján, Argentina. Referências bibliográficas: CHARTIER, Roger. A História Cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 1990.

Chimamanda Adichie e "Os perigos de uma história única".

Neste excelente, profundo e tocante depoimento, a escritora nigeriana Chimamanda Adichie destaca pontos centrais para os historiadores identificados com a História Cultural: 1. Nenhuma “cultura” deve ser analisada de forma homogênea; 2. As representações que existem sobre uma “cultura” interferem nas relações político-sociais; 3. As representações representam, assim, interesses e disputas de poder. Prof. Paulo Renato da Silva.