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Mostrando postagens de maio, 2011

Historiadores fazendo contas.

            Sobre a necessidade de o historiador ter a leitura como hábito, façamos umas contas. Vamos considerar que o tempo médio para se ler uma página seja de 5 minutos. Se economizarmos 30 minutos por dia entre televisão, redes sociais e outras atividades, em quatro anos podemos ler 8.760 páginas apenas com este tempo economizado!             E não deixem de ler a seguir Gays Ricos y Bichas Pobres , texto   do professor Gerson!             Prof. Paulo Renato da Silva.

GAYS RICOS Y BICHAS POBRES.

La frase arriba colocada hace parte del título de articulo de autoría de Juan P. Pereira Marsiaj, doutorando, en 2003, en Ciencia Política en la Universidad de Toronto, Canadá; publicado en Cadernos AEL, n. 18/19 de 2003. Uno de los planteamientos del autor afirma, retomando postulados de John D’Emilio, Capitalism and Gay Identity , que el desarrollo capitalista y la modernización habrían creado las condiciones necesarias para el surgimiento de comunidades e identidades gay modernas. El proceso se habría dado gracias al fenómeno migratorio campo-ciudad; donde la familia tradicional pierde control sobre sus componentes debido al trabajo asalariado, la disminución de la procreación como objetivo primordial y la abertura que esto le dio, en su mayoría, a hombres, para separarse del núcleo familiar y organizar una nueva vida basada en su atracción por personas del mismo sexo; fomentando posteriormente la base de los movimientos de liberación gay en los países desarrollados. El autor no de

Uruguaia salva pela Anistia Internacional; casal morto por defender Amazônia; dissidentes presos em Cuba.

            Quando os nazistas levaram os comunistas, silenciei. É que eu não era comunista. Quando prenderam os social-democratas, silenciei. É que eu não era social-democrata. Quando levaram os sindicalistas, silenciei. É que eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, silenciei. É que eu não era judeu. Quando me levaram, não havia mais ninguém que pudesse protestar. (Pastor Martin Niemöller).             A uma uruguaia salva pela Anistia Internacional durante a ditadura militar (1973-1985) de seu país: < www1.folha.uol.com.br/bbc/921636-uruguaia-conta-como-foi-salva-por-enxurrada-de-cartas-em-prisao-na-ditadura.shtml >.             A um casal assassinado no Pará por defender a Amazônia: < http://www1.folha.uol.com.br/poder/921576-familia-de-lideres-mortos-no-pa-diz-temer-novo-atentado.shtml >.             Aos dissidentes políticos presos em Cuba: < www1.folha.uol.com.br/mundo/921627-guillermo-farinas-e-outros-opositores-sao-detidos-em-cuba-diz-dissidencia.shtml

"O Santo Inquérito" de Dias Gomes.

           Na peça O Santo Inquérito (1966) , o dramaturgo Dias Gomes representou o autoritarismo da ditadura militar através de uma narrativa sobre a Inquisição. No trecho a seguir, o dramaturgo denuncia a presunção de culpa, a distorção de palavras e atos e a tortura características do período – e de outros também.            “BRANCA: Padre, lembre-se de que eu mergulhei uma vez no rio para salvá-lo. Foi também o Diabo quem me empurrou?            PADRE: Já não sei se foi realmente para salvar-me...            BRANCA: Como, padre?!            (…).            PADRE (Chegando ao máximo da exacerbação.): Se não estava possuída pelo Demônio, por que aproveitou-se do meu desmaio para beijar-me na boca?!            (…).            BRANCA: Fiz isso para que não sufocasse, para que não morresse!            PADRE (Grita.): Cínica! Foi esse o pretexto que Satanás arranjou para o seu pecado!” (GOMES, Dias. O Santo Inquérito . Rio de Janeiro: Ediouro, 1996. p. 82).            Prof. Paulo Renato

Abdias do Nascimento (1914-2011).

                        Abdias do Nascimento faleceu ontem aos 97 anos. Um dos pioneiros do movimento negro no Brasil, entrou para a política movido pela causa - não para defender siglas como observamos contemporaneamente.             Leia reportagem em:             < http://www1.folha.uol.com.br/poder/920227-para-militancia-negra-abdias-do-nascimento-e-um-baluarte.shtml >.             Como pequena homenagem, Yayá Masemba na voz de Maria Bethânia, um canto à história do negro, seu legado cultural e sua luta por direitos:             Prof. Paulo Renato da Silva.

Aproximações incômodas.

          “ P ego T udo! P iso S em D ó no B rasil!”           É por isto que, neste país, P ouco S obra D e B om P ara T odos.           Para bom entendedor, algumas siglas bastam.           Prof. Paulo Renato da Silva.

Congresso uruguaio mantém “Ley de Caducidad”.

            Apesar de o Senado uruguaio ter aprovado o fim da “ley de caducidad”, o Congresso do país resolveu mantê-la na sexta-feira, dia 20 e barrou, assim, a possibilidade de que militares fossem julgados por crimes cometidos durante a ditadura militar do país (1973-1985). Leia reportagem em:              < http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=ES&cod=56680 >.              Prof. Paulo Renato da Silva.

Biblioteca Digital da UNICAMP.

            A Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a exemplo de outras grandes universidades do país, disponibiliza on-line trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado de seus alunos. Assim, é possível conhecer, gratuitamente, uma produção atualizada.             No link < http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/list.php?tid=7 > o usuário escolhe a faculdade ou o instituto que deseja consultar. Em seguida, seleciona a dissertação ou a tese. Finalmente, ao baixar o trabalho, se cadastra. É simples e rápido!              Prof. Paulo Renato da Silva.

Sábado tem Cinedebate na Moradia 1.

           No próximo sábado, dia 21, às 14:00, tem Cinedebate na Moradia 1. A sessão contará com a participação do professor paraguaio Bruno López Petzoldt, especialista em Literatura e Cinema.             Contamos com a presença de todos! Vamos construir uma universidade marcada pela integração e por uma formação ampla, diversificada e diferenciada.             E anotem na agenda! Na próxima quinta-feira, dia 26, o projeto Cinema e Ciência prossegue no Auditório César Lattes.             Prof. Paulo Renato da Silva.

Campanha contra a Copa e as Olimpíadas no Brasil.

           Ontem foi anunciado que os custos previstos para se reformar o Maracanã subiram para R$ 956.800.000,00. Custos PREVISTOS somente para o Maracanã, ou seja, podem subir ainda mais. Com esse dinheiro, seria possível pagar uma bolsa de iniciação científica a 221.481 estudantes do ensino superior por um ano. Ou, pelo mesmo período, conceder o valor máximo do Bolsa Família a 329.476 famílias, FAMÍLIAS. A “sétima economia do mundo” definitivamente vestiu o salto alto e colocou óculos escuros. Ou seria uma venda?             Prof. Paulo Renato da Silva.

A "Casa da América Latina" na internacional Foz do Iguaçu.

Foz do Iguaçu é peculiar no cenário mundial. Ela poderia simplesmente ser mais uma cidade orgulhosa por abrigar atrativos e pessoas de diferentes nacionalidades em aparente harmonia, mas tímida na hora de enfrentar os seus problemas sociais.   Sua realidade, entretanto, é mais complexa. A cidade é lembrada quando o assunto é contrabando, tráfico, turismo, belezas naturais, integração latino-americana, Mercosul, terrorismo, energia, aqüífero guarani, base militar dos EUA etc. Sua localização geográfica fomenta discussões que se renovam nos bancos escolares, na imprensa, nos livros, enfim, onde existir alguém interessado em entender as relações daqui com o mundo. Entender essa vastidão é um dos objetivos da Casa da América Latina, que recentemente ampliou sua ação para o município. Com sede no Rio de Janeiro, a associação civil sem fins lucrativos estabeleceu uma subsede na região para difundir e preservar a amizade entre os latino-americanos; defender seus interesses e direitos à sobera

Henri Pirenne, a História e o historiadores.

            O historiador belga Henri Pirenne (1862-1935) assim expressou a profunda relação da História e dos historiadores com o presente, com um passado vivo nas ações dos sujeitos e dos grupos: “Se eu fosse um antiquário só teria olhos para coisas velhas. Mas sou historiador, é por isto que amo a vida.” É uma boa resposta para aqueles que insistem em achar estranho que, em pleno século XXI, haja interesse pelo estudo do passado.             Prof. Paulo Renato da Silva.

“Classes perigosas” em Higienópolis?!

            Na semana passada veio à tona a mobilização de moradores de Higienópolis contra a construção de uma estação de metrô no bairro, um dos mais tradicionais da cidade de São Paulo. O protesto é contra a presença de pessoas “não-diferenciadas” no bairro, o que poderia ser facilitado pela estação de metrô. Sobre o medo das elites em relação aos setores populares, o historiador francês Jules Michelet destaca o seguinte: “O resultado (...) não é a indiferença, mas a antipatia e o ódio, não a simples negação da sociedade, mas seu contrário, a sociedade trabalhando ativamente para se tornar anti-social.” (Apud BRESCIANI, M. S. M. Londres e Paris no Século XIX: o espetáculo da pobreza . São Paulo: Brasiliense, 1982. p. 63-64). Detalhe: Michelet morreu em 1874.              Prof. Paulo Renato da Silva.

Do 13 de maio ao 20 de novembro.

            Na sexta-feira fez 123 anos que a escravidão foi abolida no Brasil. A data tem perdido importância para o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, data da morte de Zumbi, líder do Quilombo de Palmares, considerado o mais importante da História do país. A mudança visa valorizar os negros como agentes principais do fim da escravidão e não as elites brasileiras representadas pela Princesa Isabel, que assinou a Lei Áurea em 13 de maio de 1888.             Prof. Paulo Renato da Silva.

Paraguai 200 anos e a necessidade de reescrever sua História.

            Neste final de semana, o Paraguai comemora o Bicentenário de sua independência. Encaminho link de Bicentenario y los Héroes , interessante texto do jornalista paraguaio David Velázquez Seiferheld: < http://rvdavidvelazquez.wordpress.com/about/ >.             Prof. Paulo Renato da Silva.

STF reconhece união gay.

                       Leia reportagem em: < http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/911999-stf-reconhece-por-unanimidade-a-uniao-gay.shtml >.            A decisão de ontem vai ao encontro de dois pontos que chamamos a atenção no curso: 1. a historicidade dos direitos, marcada pela incorporação de novas demandas; 2. a história acontecendo "diante de nossos olhos" e mudando a nossa relação com a "História conhecida": a decisão é um passo importante para dar visibilidade à comunidade gay do país e sua história.            Prof. Paulo Renato da Silva.

O historiador, o conhecimento, a política e o poder.

            Começamos hoje a desenvolver alguns pontos levantados na aula de quarta-feira, dia 4. Sobre a relação entre o historiador, o conhecimento, a política e o poder, levantada por Keila, transcrevo o seguinte:             “(...) o intelectual é distinto do político em razão da aplicação do poder – poder de violência. De modo geral, ele tem preparado revoluções que, logo após o triunfo, já começam a traí-lo; formula e pronuncia a liberdade para que o político a realize e a cumpra. Mas a política, nesta época moderna, tem sido carente de legitimação. E os intelectuais têm sido usados pelo poder para esta legitimação, de tal forma que não existe identificação possível entre o intelectual e o poder estabelecido. Em síntese, não há possibilidade de compatibilizar as duas ações, essencialmente porque o poder, ainda que seja aquele estabelecido imediatamente após um processo revolucionário, tende a cristalizar-se, a deixar de ser revolucionário. E esta posição não faz parte da essência

XXVI Simpósio Nacional de História.

            Entre 17 e 22 de julho de 2011 ocorrerá na USP São Paulo o XXVI Simpósio Nacional de História da ANPUH (Associação Nacional de História). Esse simpósio comemorará os 50 anos da ANPUH, maior associação de historiadores do país, e terá como tema Comemorações .             O simpósio será composto por “seminários temáticos”, “minicursos”, “mesas-redondas”, “diálogos contemporâneos” e “conferências”.             Os simpósios nacionais da ANPUH acontecem a cada dois anos. Entre um e outro costumam ser realizados os encontros regionais da ANPUH.            Mais informações sobre o XXVI Simpósio Nacional de História da ANPUH em: < http://www.snh2011.s2.anpuh.org/ >. O site da ANPUH Paraná é: < http://www.pr.s2.anpuh.org/ >.            Prof. Paulo Renato da Silva.

Ernesto Sábato (1911-2011).

          “E de repente, num daqueles dias sem sentido, viu-se arrastado por pessoas que corriam, enquanto lá no alto rugiam aviões a jato e todos gritavam “Plaza Mayo” (...).” (SÁBATO, Ernesto. Sobre Heróis e Tumbas . São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 310.).            O escritor argentino Ernesto Sábato faleceu na madrugada de sábado, 30 de abril. Autor de clássicos como O Túnel e Sobre Heróis e Tumbas , publicado em 1961, o escritor é representativo do destaque literário alcançado pela Argentina no século XX, assim como dos dilemas político-sociais que marcaram a intelectualidade do país.           Entre 1946 e 1955, durante os dois primeiros mandatos do presidente Juan Domingo Perón, Sábato esteve entre os opositores. De um modo geral, além do autoritarismo, criticava a pressão por uma arte e por um pensamento nacionalistas. Após o golpe de Estado que derrubou Perón em 1955, recebeu dos militares a direção da revista Mundo Argentino . Mudou de posição em seguida e revisou o

Itaipu, Brasil y Paraguay: una historia sin inocentes.

            Encaminho link de texto que o professor Gerson e eu escrevemos a pedido da Rádio Viva de Assunção sobre a revisão do preço pago pelo Brasil pela energia excedente do Paraguai produzida em Itaipu: < http://www.radioviva.com.py/rviva/index.php?option=com_content&view=article&id=1622:nacionales&catid=13:rotador&Itemid=37 >.             Prof. Paulo Renato da Silva.