Pular para o conteúdo principal

A "Casa da América Latina" na internacional Foz do Iguaçu.

Foz do Iguaçu é peculiar no cenário mundial. Ela poderia simplesmente ser mais uma cidade orgulhosa por abrigar atrativos e pessoas de diferentes nacionalidades em aparente harmonia, mas tímida na hora de enfrentar os seus problemas sociais.  Sua realidade, entretanto, é mais complexa.
A cidade é lembrada quando o assunto é contrabando, tráfico, turismo, belezas naturais, integração latino-americana, Mercosul, terrorismo, energia, aqüífero guarani, base militar dos EUA etc. Sua localização geográfica fomenta discussões que se renovam nos bancos escolares, na imprensa, nos livros, enfim, onde existir alguém interessado em entender as relações daqui com o mundo.
Entender essa vastidão é um dos objetivos da Casa da América Latina, que recentemente ampliou sua ação para o município. Com sede no Rio de Janeiro, a associação civil sem fins lucrativos estabeleceu uma subsede na região para difundir e preservar a amizade entre os latino-americanos; defender seus interesses e direitos à soberania, à autodeterminação e à construção de sociedades justas e fraternas.
Sua proposta aqui é ajudar a compreender a contradição, o interesse por esse pedaço da América e as relações além das pontes. Os trabalhos iniciaram com um cineclube, em 2010, em conjunto com a Guatá e Casa do Teatro. O projeto consiste na projeção mensal de um filme e conta com apoio de professores e acadêmicos da Unila, que têm pensado conjuntamente os filmes e nomes para instigar o debate pós-exibição.
O sonho maior, entretanto, é ser internacionalista na raiz da palavra. Para isso propõe-se a promover ações culturais, políticas e sociais; editar material impresso e eletrônico e dialogar com os países vizinhos e nos solos fronteiriços. Para enfrentar esse desafio, a CAL formalizou sua diretoria na cidade, homologada agora em maio numa assembléia da sua diretoria nacional no Rio de Janeiro, cidade sede da entidade.
            A subsede nasceu reunindo militantes de diferentes áreas e nacionalidades. Ela está aberta à participação de toda pessoa que se identificar com sua causa. Para participar basta declarar o desejo de associar-se e começar a ajudar a quebrar as engrenagens. Simples assim, porém com um sem número de fronteiras pra derrubar.
            Alexandre Palmar - jornalista e membro da "Casa da América Latina".

Postagens mais visitadas deste blog

A perspectiva na pintura renascentista.

Outra característica da pintura renascentista é o aprimoramento da perspectiva. Vejamos como a Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais se refere ao tema: “Técnica de representação do espaço tridimensional numa superfície plana, de modo que a imagem obtida se aproxime daquela que se apresenta à visão. Na história da arte, o termo é empregado de modo geral para designar os mais variados tipos de representação da profundidade espacial. Os desenvolvimentos da ótica acompanham a Antigüidade e a Idade Média, ainda que eles não se apliquem, nesses contextos, à representação artística. É no   renascimento   que a pesquisa científica da visão dá lugar a uma ciência da representação, alterando de modo radical o desenho, a pintura e a arquitetura. As conquistas da geometria e da ótica ensinam a projetar objetos em profundidade pela convergência de linhas aparentemente paralelas em um único ponto de fuga. A perspectiva, matematicamente fundamentada, desenvolve-se na Itália dos séculos XV e

"Progresso Americano" (1872), de John Gast.

Progresso Americano (1872), de John Gast, é uma alegoria do “Destino Manifesto”. A obra representa bem o papel que parte da sociedade norte-americana acredita ter no mundo, o de levar a “democracia” e o “progresso” para outros povos, o que foi e ainda é usado para justificar interferências e invasões dos Estados Unidos em outros países. Na pintura, existe um contraste entre “luz” e “sombra”. A “luz” é representada por elementos como o telégrafo, a navegação, o trem, o comércio, a agricultura e a propriedade privada (como indica a pequena cerca em torno da plantação, no canto inferior direito). A “sombra”, por sua vez, é relacionada aos indígenas e animais selvagens. O quadro “se movimenta” da direita para a esquerda do observador, uma clara referência à “Marcha para o Oeste” que marcou os Estados Unidos no século XIX. Prof. Paulo Renato da Silva. Professores em greve!