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Mostrando postagens de julho, 2015

O marxismo é universal?

Seguindo com a série sobre marxismo, hoje publicamos novamente a postagem de 17 de novembro de 2013: Um dos principais debates do marxismo pode ser resumido do seguinte modo: o marxismo é universal ou deve ser adaptado às particularidades de cada caso? O início d’ O Manifesto Comunista é uma das tantas passagens que alimentam esse debate. Vejamos: “A história de todas as sociedades que já existiram é a história de luta de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, chefe de corporação e assalariado; resumindo, opressor e oprimido estiveram em constante oposição um ao outro, mantiveram sem interrupção uma luta por vezes, por vezes aberta – uma luta que todas as vezes terminou com uma transformação revolucionária ou com a ruína das classes em disputa. Nos primeiros tempos da História, por quase toda parte, encontramos uma disposição complexa da sociedade, em várias classes, uma variada gradação de níveis sociais. Na Roma antiga, temos patrícios, cavalei

Antonio Gramsci (1891-1937).

Outro importante pensador marxista foi o italiano Antonio Gramsci. Gramsci, assim como Althusser, considera que a repressão não é o único mecanismo que o capitalismo usa para se manter e se reproduzir e destaca outros instrumentos e instituições que a burguesia usa para manter e reproduzir a sua hegemonia . Contudo, Gramsci também ressalta os limites da hegemonia burguesa e aponta os movimentos, espaços e processos contra-hegemônicos que surgem e existem contra o capitalismo. Vejamos a aula do site Educatina sobre o tema: Prof. Paulo Renato da Silva.

Louis Althusser (1918-1990).

O pensamento marxista é amplo, complexo e variado. Um pensador marxista que marcou os estudos históricos - e sobretudo os sociológicos - ao longo do século XX foi Louis Althusser. Marx e Engels destacavam sobretudo o poder repressivo do Estado enquanto representante e defensor dos interesses da burguesia. Para Althusser, além da repressão, a ideologia burguesa também ajudava a manter e a desenvolver o capitalismo, pois mascarava a opressão de classe sofrida pelo proletariado. Althusser destacava que a burguesia contava com os Aparelhos Ideológicos do Estado - como a escola, as igrejas e a imprensa, dentre outros - que divulgavam e reproduziam a ideologia burguesa. Assim, haveria um grande obstáculo para os trabalhadores desenvolverem a sua consciência de classe . Vejamos a aula do site Educatina sobre o tema: Prof. Paulo Renato da Silva.

A ditadura cívico-militar de Alfredo Stroessner no Paraguai: memória, cotidiano e setores populares.

Em diversos eventos nacionais e internacionais, uma das demandas mais cobradas pelos movimentos e organizações sociais refere-se à criação de políticas memorialísticas sobre o passado autoritário em muitas sociedades latino-americanas. Em julho de 2013, na XV Cúpula Social do MERCOSUL , realizada em Montevidéu, discutimos a importância do desenvolvimento de políticas públicas, por parte dos Estados nacionais, que destaquem os casos de violações aos direitos humanos realizados pelos governos cívico-militares em nosso continente. Essas discussões foram realizadas no painel “Educación en Derechos Humanos” e teve a participação de militantes políticos, de educadores, de juristas e de estudantes dos países associados ao MERCOSUL. Já na I Conferência Municipal de Direitos Humanos , realizada em junho de 2015, em Foz do Iguaçu, coordenei um eixo chamado “Direito à memória e à verdade”, no qual discutimos sobre a necessidade da criação, por parte dos órgãos governamentais, de políticas qu