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Mostrando postagens de setembro, 2011

CineDebate, Ciclo Cubano: Balanço do Debate.

Depois da Revolução de 1959, em que o povo cubano consegue, por fim, tirar do poder o corrupto ditador Fulgêncio Batista, se inicia em Cuba um período de importantes transformações em seu cenário político-social. Cuba se apresenta, após o início da revolução, como uma nação comunista e toma para si uma série de medidas para desenvolver o país. Essas significativas mudanças, no entanto, contribuíram para que o país caribenho atraísse para si um importante e poderoso inimigo, os Estados Unidos. Vendo o progresso de Cuba e o apoio que recebia da URSS para consolidação do seu projeto socialista, os Estados Unidos assume uma postura repreensiva: além de constantes ataques dos quais a ilha foi alvo, o embargo econômico foi outra postura adotada pelo governo estadunidense. Hoje, mais de 50 anos depois, mesmo com a reprovação de importantes organizações mundiais como a ONU, o bloqueio econômico continua sobre Cuba. Tal embargo tem causado inúmeras vezes a Cuba uma série de prejuízos. Trata-se

Um palácio de dois mil anos de história

( http://i0.ig.com/bancodeimagens/3w/tq/3j/3wtq3jmcgeey1mfhenq77bfp1.jpg ) A civilização maia - uma das mais antigas culturas aborígenes da América – povoou a região que hoje é compreendida pela Guatemala, Honduras e o atual sul do México.  Segundo descobertas arqueológicas a civilização começou a se formar aproximadamente no século III a.C e teve seu auge no século IX a.C. A descoberta do palácio com cerca de dois mil anos de idade, esta ajudando os pesquisadores que buscam desvendar e entender um pouco mais sobre a civilização, que possui ainda muitas questões sem respostas. Leia mais aqui.   Marcelle Ferreira de Araújo Andrade - Discente de História - UNILA

História da América Latina

( http://www.josemariacastillejo.com/wp-content/uploads/2011/06/mapa-latinoamerica2.gif )      O objetivo do blog ' História de América Latina ', mantido pelo mexicano Édgar Adrián Mora,  é analisar e interpretar diversos textos históricos referidos a assuntos da cultura da Latino-Americana. Pretende-se que o leitor tenha uma visão geral, de conceitos básicos e de possibilidades de explicação da realidade contemporânea na América Latina. Paulo A. Pereira Júnior - Acadêmico de História da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).

A América Latina (e o Brasil)

( http://lahistoriadeldia.files.wordpress.com/2010/03/america-latina.png ) “Nosso destino é nos unificarmos com todos os latino-americanos por nossa oposição comum ao mesmo antagonista, que é a América anglo-saxônica, para fundarmos, tal como ocorre na comunidade europeia, a Nação Latino-Americana sonhada por Bolívar. Hoje, somos 500 milhões, amanhã seremos 1 bilhão. Vale dizer, um contingente humano com magnitude suficiente para encarnar a latinidade em face dos blocos chineses, eslavos, árabes e neobritânicos na humanidade futura.” (p. 454. O povo brasileiro - A formação e o sentido do Brasil, Darcy Ribeiro) A Nação Latino-Americana sonhada por Bolívar certamente não incluía o Brasil. Desde a Carta da Jamaica de 1815 o Brasil fora excluído do projeto de Bolívar. Enquanto os reis de Espanha haviam sido aprisionados na França por Napoleão I e as colônias espanholas sustentavam lutas pela independência, o Brasil recebera a família real portuguesa (esperta, embarcou para o Brasil na

Pro Dia Nascer – e Terminar – Feliz.

No sábado teve mais cinema e debate no Barracão! Desta vez foi exibido o documentário Pro Dia Nascer Feliz (2006) de João Jardim, diretor do conhecido Janela da Alma (2002). O documentário trata dos problemas da educação no país e dos dilemas da juventude a partir de depoimentos de alunos e professores de diferentes Estados e de escolas públicas e privadas. No debate, alguns defenderam que a educação brasileira precisa de mais investimentos, o que traria melhores perspectivas para os jovens. Professores presentes no debate apontaram que os países que apresentam melhores índices educacionais investem pelo menos 8% do PIB na área, índice muito superior ao investido pelo Brasil. Outros apontaram que a questão não se limita a investimentos, mas também passaria por questões subjetivas como a relação entre alunos e professores. Seria preciso resgatar a educação enquanto troca, no sentido proposto por Paulo Freire, para alunos e professores recuperarem a confiança uns nos outros. Foi levantad

O Povo Xerente.

No Brasil, segundo dados do site da Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br), existem, atualmente, cerca de 220 povos indígenas diferentes. No passado, esse número era superior, pois muitos foram extintos durante o processo de contato com os conquistadores. Muitos integrantes desses povos foram mortos por pistoleiros, sofreram com doenças epidêmicas e outros deixaram de falar suas línguas. No Estado do Tocantins habitam alguns povos indígenas: os Apinajé, os Javaé, os Karajá, os Krahô, os Xerente, entre outros. É importante ressaltar que estes povos têm suas diferenças socioculturais, visto que muitas pessoas não se atentam para essas diferenças. Os Xerente habitam sua reserva, que está localizada no município de Tocantínia. Segundo dados da dissertação de mestrado do antropólogo Luís Roberto de Paula (2000), esta reserva tem 183.200 hectares . Falante da língua Akwẽ, que pertence à família linguística Jê, pertencente ao tronco Macro-Jê, este povo possui aspectos socioculturais qu

Semana com boas opções de cinema!

            A Árvore da Vida (2011) de Terrence Malick é uma opção imperdível em cartaz na cidade. Traz uma trama envolvente, uma narrativa não convencional, boas atuações e explora diferentes linguagens como a dança e a música. É um filme sobre o tempo, sobre o homem como ser social e sua relação com o divino. Trata do homem universal, independentemente de fronteiras e contextos históricos.             No sábado, dia 17, às 15:00, na Moradia 2, começa o Ciclo Cubano do Programa CineDebate da UNILA com o documentário cubano Historia de la Revolución Cubana .             Ainda no sábado, às 19:00, no Barracão Teatro, será exibido e debatido o documentário Pro Dia Nascer Feliz (2006) sobre educação e juventude no Brasil contemporâneo.             Prestigiem!             Prof. Paulo Renato da Silva.

A Imagem Pública de Luís XIV.

            “Seria um erro, porém, dar às idéias de sinceridade e autenticidade um lugar central na análise do comportamento tanto de Luís como de seus cortesãos. O culto moderno da sinceridade não existia no século XVII. Outros valores, como decoro, eram reputados mais importantes. Seja como for, o sistema não era movido apenas pela bajulação. É improvável que todas as contribuições para a glorificação do rei fossem cínicas, isto é, meras tentativas de persuadir outros de algo em que pessoalmente não se acredita. É possível, para dizer o mínimo, que o próprio Luís, a corte e país acreditassem na imagem idelizada do rei, assim como nas virtudes do toque real (…). Vista fora de contexto, a imagem de Luís XIV como monarca sagrado, invencível, pode sem dúvida parecer um caso de megalomania. No entanto, temos de aprender a vê-la em seu contexto, como criação coletiva e – pelo menos até certo ponto – como resposta a uma demanda, ainda que o público não tivesse plena consciência do que desej

CineDebate, Ciclo Holocausto: balanço parcial do debate.

Imagine uma visita hoje por aquilo que um dia foram os campos de concentração nazista. O que você imagina encontrar por lá? “Nada de mais. Talvez cenário horrível de um episódio que passou... ficou no passado.” Alguém poderia dizer dessa forma. Outro, contudo, com um olhar mais profundo, poderia ao caminhar por aquele lugar ver além do que vêem aqueles que não têm um olhar histórico, crítico, sensível. Veria o que foi cenário de um triste momento da história da humanidade e, olhando para toda a paisagem a sua volta, não iria se iludir: passou o tempo e a natureza cuidou em mudar o cenário, mas as cenas que ali passaram marcaram para sempre a história da Humanidade. Caminhando pelos corredores, próximo à estrada, aos trilhos, aos bordéis montados pelos militares, é possível ouvir em cada passo um estridente grito de dor daqueles que ali estiveram, pessoas que foram arrebatadas de suas cidades, casas e famílias e que, ao chegarem ali, perderam as vestes, o nome, a identidade. Esse grito

A Velhice do Novo Mundo.

     Uma coisa que aprendemos na escola e que fica “pregada” em nossas cabeças é que o Brasil todo dia 22 de abril faz aniversário. Gravamos nomes como Pedro Álvares Cabral, Nicolau Coelho, Cristóvão Colombo, Monte Pascoal... Seríamos o Novo Mundo (batizado de América em homenagem a um explorador europeu) em comparação com o Velho Mundo (continente europeu). Seguindo a lógica aprendida na escola, hoje o Brasil teria 511 anos de idade. Nossa irmãzinha mais velha seria a América Central e o Caribe, “descoberta” alguns anos antes.       É o que aprendemos e é algo que muitos jamais irão questionar. Éramos um continente perdido habitado por índios canibais e animais estranhos (no século XVIII os europeus assemelhavam a imagem do bicho preguiça com a do demônio). Então os europeus “descobriram” o Novo Mundo. Trouxeram dentro de suas caravelas tudo aquilo que era tido por civilizado (então o que os europeus entendiam por ser civilizado). E é a partir daí que se iniciará a história da Améric

Fotos: A Experiência do Intercâmbio.

Entrada da Universidade do Minho. Catedral de Braga. Braga: Jardins de Santa Bárbara e, ao fundo, o Paço Episcopal. Porto, Portugal.             Leia logo abaixo os relatos de Maiara Muniz, uma estudante brasileira de História, sobre a sua experiência de intercâmbio em Portugal.              Prof. Paulo Renato da Silva.

Amanhã tem CineDebate nas Moradias!

            Amanhã, dia 3, às 15:00, nas duas moradias estudantis, prosseguem as sessões do CineDebate com Algunos que Vivieron (2002), do argentino Luis Puenzo, vencedor do Globo de Ouro e do Oscar por A História Oficial (1985) . É a segunda das três sessões do ciclo  Holocausto: História, Memória e Trauma .             Mais informações em: < http://cinedebate-unila.blogspot.com/ >.             Divulguem entre os colegas e contamos com a presença de todos vocês!             Prof. Paulo Renato da Silva.

O Estudante na Europa.

Antes de vir para a Uminho, tinha a idéia de que os estudantes portugueses eram verdadeiros eruditos, que estudavam loucamente e devoravam livros. Imaginava, então, que teria imensa dificuldade em me acostumar com o ritmo de estudos. Chegando aqui, as surpresas foram muitas, boas e ruins. Aprendi muito aqui, estudei o que não poderia estudar na UFT, minha universidade no Brasil. Também aprendi a valorizar muito mais os meus professores brasileiros. A estrutura da Uminho me agradou muito, já que a UFT, por ser uma universidade nova, ainda tem o que melhorar em termos de estrutura física. Aqui tive a biblioteca que gostaria de ter no Brasil, assim como laboratório e salas de aula bem equipadas. Com as primeiras aulas, no entanto, vi que a distância entre os estudantes dos dois lados do Atlântico não era assim tão grande, e que o lado de cá, às vezes, é supervalorizado. Tive professores excelentes, cujo conhecimento me encantava; também tive professores cujas aulas eram cansativas, pareci