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Pro Dia Nascer – e Terminar – Feliz.

No sábado teve mais cinema e debate no Barracão! Desta vez foi exibido o documentário Pro Dia Nascer Feliz (2006) de João Jardim, diretor do conhecido Janela da Alma (2002). O documentário trata dos problemas da educação no país e dos dilemas da juventude a partir de depoimentos de alunos e professores de diferentes Estados e de escolas públicas e privadas.
No debate, alguns defenderam que a educação brasileira precisa de mais investimentos, o que traria melhores perspectivas para os jovens. Professores presentes no debate apontaram que os países que apresentam melhores índices educacionais investem pelo menos 8% do PIB na área, índice muito superior ao investido pelo Brasil.
Outros apontaram que a questão não se limita a investimentos, mas também passaria por questões subjetivas como a relação entre alunos e professores. Seria preciso resgatar a educação enquanto troca, no sentido proposto por Paulo Freire, para alunos e professores recuperarem a confiança uns nos outros.
Foi levantada, ainda, a necessidade de revisão dos currículos escolares, de modo a torná-los mais próximos dos jovens, sobretudo os que pertencem aos setores populares. Para citar apenas dois exemplos, como se interessar por uma História protagonizada somente por políticos, intelectuais e “brancos”? Como se interessar pela Geografia que se ensina, quando muitos nunca saíram de sua cidade ou do próprio bairro? Foi defendido que a escola deve se abrir para a comunidade, ir além de seu espaço físico. O documentário inclusive mostra uma festa de temática afrodescendente em uma das escolas, a qual parece ter contado com ampla participação.
Finalmente, estaria em crise a escola ou a sociedade de uma maneira geral? A escola é violenta ou a sociedade? A crise do ensino, principalmente do público, não seria uma das faces da exclusão promovida pelo Estado capitalista? Afinal, a educação não representa mais certeza de bons empregos e salários como antes.
Prof. Paulo Renato da Silva.

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