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Mostrando postagens de junho, 2013

E Colombo se foi...por enquanto.

Há algumas semanas destacamos a polêmica gerada por uma estátua de Colombo em Buenos Aires ( http://unilahistoria.blogspot.com.br/2013/06/monumento-colombo-gera-polemica-em.html ). A estátua foi finalmente removida. Mas a polêmica continua. Leia reportagem do Clarín em < http://www.clarin.com/ciudades/Gobierno-porteno-kirchnerismo-estatua-Colon_0_947305625.html >. Na próxima postagem retomaremos a série sobre religiosidade popular na América Latina. Prof. Paulo Renato da Silva.

Religiosidade Popular na América Latina: a "Difunta Correa".

Devotos diante de imagem da "Difunta Correa". Conforme prometido, hoje destacamos o culto popular em torno da “Difunta Correa”, muito presente na Argentina, mas também no Chile. Reproduzimos a seguir um informe sobre a “Difunta Correa” do Museu Histórico e Arqueológico de Posadas, Província de Misiones: “En el transcurso del año 1835 un criollo de apellido Bustos fue reclutado en una levita para las montoneras de Facundo Quiroga y llevado por la fuerza a La Rioja. Su mujer, Maria Antonia Deolinda Correa, desesperada porque su esposo iba enfermo, tomó a su hijo y siguió las huellas de la montonera. Luego de mucho andar – cuenta la leyenda – y cuando estaba al borde de sus fuerzas, sedienta y agotada, se dejó caer en la cima de un pequeño cerro. Unos arrieros que pasaron luego por la zona, al ver animales de carroña que revoloteaban se acercaron al cerro y encontraron a la madre muerta y al niño aún con vida, amamantándose de sus pechos. Recogieron al niño, y dieron

Religiosidade popular na América Latina: "aparições" de Nossa Senhora no Chile de Pinochet.

O recém-lançado La Pasión de Michelangelo  (2013), do diretor chileno Esteban Larraín, retrata um episódio que envolveu religiosidade popular e política nos últimos anos da ditadura do general Augusto Pinochet (1974-1990) no Chile. Em 1983, Nossa Senhora teria aparecido para o então adolescente Miguel Ángel Poblete em um dos montes de Villa Alemana, nos arredores de Valparaíso, onde o jovem costumava consumir drogas. Abandonado pelos pais, cresceu em orfanatos e, na época das primeiras "aparições", vivia pelas ruas da cidade. Miguel Ángel chegou a reunir mais de 100 mil pessoas em uma das tantas cerimônias nas quais supostamente entrava em contato com a Virgem Maria. Entretanto, o jovem foi acusado de ter vínculos com a ditadura, que teria usado as "aparições" para mostrar que Nossa Senhora “abençoaria” o Chile de Pinochet. A Igreja, como costuma acontecer diante dessas manifestações de religiosidade popular, não reconheceu as “aparições” e, além disto, estava em

"Legado de una antropóloga eslovena."

Leia reportagem do jornal paraguaio  ABC Color sobre a antropóloga eslovena Branislava Susnik, que desenvolveu a maior parte de sua obra no Paraguai: < http://www.abc.com.py/especiales/fin-de-semana/legado-de-una-antropologa-eslovena-581354.html >. Prof. Paulo Renato da Silva.

E-Aulas USP.

A USP tem um projeto de aulas virtuais sobre temas variados, dentre os quais a História está contemplada. O endereço do projeto é < http://eaulas.usp.br/portal/home >. Acessem, pesquisem, consultem. Prof. Paulo Renato da Silva.

Jogos de Computador Peronistas...e Antiperonistas.

Quando a gente acha que já viu de tudo um pouco quanto à memória de Perón e Evita na Argentina, sempre aparece uma novidade. Há inclusive jogos de computador protagonizados pelo casal. Os motivos variam. Em um deles, Costumbres Peronistas , um “descamisado” precisa pegar as caixas que Evita arremessa de um trem. Em outro, Elige tu Propio Perón , podemos montar o discurso de Perón no histórico 17 de outubro de 1945, dando um ar mais progressista, conservador ou totalmente sem sentido. Muitos deles são acompanhados pela Marcha Peronista. Apesar de inusitados, os jogos permitem apreender alguns lugares-comuns sobre os quais reside a memória peronista e, claro, também a antiperonista. Uma lista deles pode ser encontrada em < http://agenciapacourondo.com.ar/component/content/article/95-juegos/7665-juegos-peronistas.html%20 >. Prof. Paulo Renato da Silva.

Mais um acidente ferroviário na Argentina e a crise de autoimagem do país.

Hoje a Argentina dorme enlutada com mais um acidente ferroviário e, novamente, na linha Sarmiento, cujo nome homenageia o presidente Domingo Faustino Sarmiento (1868-1874), justamente um dos principais entusiastas das ferrovias no país. Sarmiento acreditava que as ferrovias garantiriam a ocupação e integração do território e viabilizariam o desenvolvimento das comunicações e do comércio. Tratava-se de um instrumento da “civilização” contra a “barbárie” dos povos originários e do interior do país. As ferrovias foram um dos principais símbolos da tradição liberal do país, um elemento central na imagem da Argentina “europeizada”. Os argentinos chegaram a ter um dos sistemas ferroviários mais expressivos da América Latina. Porém, o acidente de hoje, além da evidente comoção provocada pelas mortes e feridos, tem algo de simbólico: acentua uma crise de autoimagem da Argentina que vem de longo tempo, mas que se acentuou com a ditadura militar e, mais recentemente, com a crise de 2001. No

Nesta semana, “CineDebate História” e “Presidentes da América Latina” na UNILA Centro.

Amanhã, dia 13, às 19:00, na Sala de Cinema da UNILA Centro, tem mais uma sessão do projeto de Extensão “CineDebate História”. O tema será a ditadura militar brasileira. Serão exibidos Vala Comum (1994) de João Godoy e Clandestinos (2001) de Patrícia Moran. Nosso convidado especial será o jornalista Aluizio Palmar, de reconhecida militância contra a ditadura. Preso e exilado, o jornalista se radicou em Foz do Iguaçu depois da anistia de 1979. Palmar dividirá conosco as suas experiências, relatará sobre a ditadura na cidade e comentará sobre suas expectativas em torno da Comissão da Verdade, que deve visitar Foz do Iguaçu proximamente. E, no sábado, dia 15, às 15:00, na UNILA Centro, comentarei o documentário sobre o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, da série argentina “Presidentes de Latinoamérica”. Contamos com a presença de vocês e nos ajudem a divulgar! Prof. Paulo Renato da Silva.

Foz do Iguaçu a caminho do “centenário”: a inauguração da Ponte da Amizade.

Ontem a nossa cidade completou 99 anos de fundação oficial. No Youtube há um vídeo com imagens ainda pouco conhecidas da época da inauguração da Ponte da Amizade. Observem que a linguagem da narração é bastante floreada, carregada de adjetivos, uma característica mais comum no período do que hoje, quando passamos a valorizar narrações mais “objetivas”. Essa característica se explica, também, por ser um vídeo de propaganda da ditadura militar brasileira (1964-1985). O vídeo destaca a aproximação com o Paraguai, um dos principais objetivos dos militares brasileiros para aumentar a liderança do país na América Latina. O vídeo exalta, também, como o homem estava “vencendo a natureza” em nome do “progresso”, o que, em inúmeras partes do país, desencadeou a ocupação irregular de terras, a perseguição aos povos originários e os impactos ambientais que todos conhecemos. O vídeo mostra, ainda, como as Cataratas já se apresentavam como um símbolo sobre o qual foi construída a iden

A chicha: estigmatização e resistência dos setores populares.

A chicha é uma bebida popular na Colômbia e em outros países da América Latina. A chicha mais conhecida é feita a partir da fermentação do milho, mas também há chichas de cenoura, de mandioca e de frutas. É uma bebida que remonta ao período anterior ao da Conquista e, portanto, é uma herança dos povos originários. Foi perseguida não apenas durante o período colonial, mas também depois da independência do país. Bolívar proibiu a chicha por atribuir uma derrota militar à bebida, pois os seus soldados teriam combatido bêbados. Os imigrantes alemães, para popularizarem a cerveja, teriam difundido a ideia de que a chicha “embrutecia”. Assim, a história da chicha na Colômbia nos revela processos de estigmatização e marginalização dos setores populares latino-americanos, mas também de resistências, pois a bebida segue popular no país. Vejam a seguir uma reportagem sobre a chicha, dica de Fares Restrepo Guarín, aluno colombiano do curso de Biologia da UNILA: Prof. Paulo Renato da Si

Hino Nacional da Argentina em Mapuche.

A Argentina, tantas vezes vista como a nação mais “branca” e “europeizada” da América Latina, passa por releituras expressivas de sua história. A seguir vemos o hino nacional do país cantado em mapuche em uma sala de aula. Os mapuches foram um dos povos originários mais dizimados pela “Conquista do Deserto”, como ficou conhecida a incorporação de terras indígenas pelo Estado argentino. A cena é carregada de particular simbolismo, pois a educação foi, justamente, um dos principais pilares desse processo de “europeização” do país e de criação de uma identidade nacional que predominaria sobre os pertencimentos étnicos. Em tempo, acaba de ser lançado no país o documentário La Historia Invisible , de Claudio Remedi. O documentário retrata os efeitos da “Conquista do Deserto” sobre descendentes dos povos originários no país. A seguir o trailer: Prof. Paulo Renato da Silva.

A violência na obra de Botero.

O pintor colombiano Fernando Botero tem uma formação universal e grande parte de sua obra foi produzida fora da Colômbia. No entanto, o país, sua cultura e seus problemas político-sociais também estão presentes em sua obra. Um dos temas representados por Botero é a violência vivida pela Colômbia. Vejamos dois exemplos: El Desfile (2000). Viva la Muerte (2001). Prof. Paulo Renato da Silva.

Monumento a Colombo gera polêmica em Buenos Aires.

Em Buenos Aires, atrás da Casa Rosada, sede do governo argentino, há um monumento a Cristovão Colombo, o “descobridor” da América. O governo nacional deseja retirar o monumento do local e mudá-lo para Mar del Plata, cidade litorânea ao sul da capital argentina. No local do atual monumento, o governo da presidenta Cristina Kirchner pretende colocar um em homenagem a Juana Azurduy, que lutou na guerra de independência do Vice-Reinado do Prata. Trata-se, portanto, de uma intensa releitura da história argentina. Afinal, seria trocar um símbolo do hispanismo por um que remete, justamente, à luta contra a Espanha. Mas nem todos são a favor da mudança. A forte comunidade italiana do país se manifestou contrária. Vale lembrar que Colombo era genovês, de acordo com as versões mais recorrentes. Além disso, o governo da cidade de Buenos Aires, antikirchnerista, alega que o monumento não pertence ao governo nacional e pretende mantê-lo onde está. O episódio é apenas mais um exemplo de com