Pular para o conteúdo principal

"Na Idade Média, a Igreja condena o esporte."

Representação do soule. (Disponível em: <http://www.france-pittoresque.com/spip.php?article2767>. Acesso em: 1 ago. 2012).

“Em 393, o imperador romano Teodósio (347-395) aboliu os Jogos Olímpicos, que havia mais de um milênio reuniam atletas de várias partes do mundo grego. Foi o ponto final de um longo processo de decadência das competições esportivas na Antiguidade clássica, que vinham sendo desvirtuadas havia já muito tempo por um profissionalismo crescente e pela falta de interesse dos romanos, que tinham conquistado a Grécia.
Foi o cristianismo, no entanto, que deu o golpe fatal nesses jogos, que exaltavam o corpo e, ligados ao paganismo, constituíam um perigo para a nova religião, transformada em credo oficial do Império Romano por Teodósio. A vida terrestre, acreditavam os seguidores de Cristo, não era mais que um breve interlúdio antes de o homem alcançar a vida eterna. O corpo não podia ser exaltado.
Ao longo da Idade Média, as autoridades eclesiásticas e leigas condenaram com frequência os jogos esportivos, na tentativa de evitar que os fiéis desperdiçassem um tempo que poderiam aproveitar melhor dedicando-se a orações ou a diversos trabalhos. Desse modo, em 1369 o rei Carlos V da França (1338-1380) proibiu quase todos os esportes, principalmente o soule (jogo de bola muito popular na França medieval) e o jogo da pela (ancestral do tênis praticado no período). Em contrapartida, incentivava a pática do arco e flecha e o treinamento com a besta. Na época da Guerra dos Cem Anos (1337-1453), convinha se preparar para o combate.
(…).
Como o cristianismo valorizava a alma em detrimento do corpo, não havia espaço para o ressurgimento dos Jogos Olímpicos (o que só aconteceria em 1896), mas ao longo da Idade Média os homens nunca deixaram de treinar o corpo e se interessar por exercícios violentos. (VERDON, Jean. Na Idade Média, a Igreja condena o esporte. História Viva, edição 105, julho de 2012. Disponível em: http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/na_idade_media_a_igreja_condena_o_esporte.html. Acesso em: 1 ago. 2012).
Leia o artigo completo no link acima.
Prof. Paulo Renato da Silva.
Professores em greve!

Postagens mais visitadas deste blog

A Diversidade Cultural No México: disputas e desafios

  Nesta postagem do Blog de História da UNILA, pretendemos dissertar um pouco sobre as questões socioculturais e a diversidade sociolinguística do México, dando ênfase às disputas e desafios que cercam estes temas.     A população do México possui cerca de 122 milhões de indivíduos, a segunda maior população da América Latina, atrás apenas do Brasil. 60% de sua população declara-se como mestiço (resultantes da miscigenação de inúmeros povos); 30% declara-se como ameríndio e 9% declara-se como branco. Ao todo, cerca de 75% da população mexicana vive em áreas urbanas localizadas nas regiões planálticas do país. Segundo o Atlas são falados 55 idiomas originários distintos no território do México, entre eles se destacam pelo número de falantes: o Náhuatl (1,3 milhão); o Maia (759.000); as línguas Mixtecas (423.000); as Zapotecas (411.000); Entre outras como: o Mixteco ; Paipai Purépecha ; Tének ; Triqui ; Tojolobal ; Tostil e Zapoteco . A diversidade cultural ...

Historiadorxs formadxs na UNILA: entrevista com Matías Maximiliano Martínez

Na postagem de hoje do Blog de História da UNILA, publicamos nossa entrevista com Matías Maximiliano Martínez. Egresso do curso de História - América Latina, Matías atualmente está no Mestrado em História da UNILA (PPGHIS-UNILA). Na entrevista, Matías nos conta sobre seu interesse inicial por história, suas experiências na graduação na UNILA e sobre seu trabalho de conclusão de curso, na área de História da Ásia. Uma boa leitura a todxs! Matías, agradecemos por nos conceder esta entrevista. Inicialmente, gostaríamos que você se apresentasse aos nossos leitores e leitoras. Matías Maximiliano Martínez: Muchísimas gracias a ustedes por la invitación para continuar contribuyendo con el Blog de Historia de la Unila. Mi nombre es Matías Maximiliano Martínez. Nací en Argentina, en la provincia de Córdoba, y me crié en la provincia de Salta. Por parte de mi padre, yo soy la tercera generación de españoles nacidos en Argentina. Y por parte de mi madre, aún no lo sé. Durante mucho tiempo descon...