"Todo ser humano tem consciência do passado (definido como o período imediatamente anterior aos eventos registrados na memória de um indivíduo) em virtude de viver com pessoas mais velhas. Provavelmente todas as sociedades que interessam ao historiador tenham um passado, pois mesmo as colônias mais inovadoras são povoadas por pessoas oriundas de alguma sociedade que já conta com uma longa história. Ser membro de uma comunidade humana é situar-se em relação ao seu passado (ou da comunidade), ainda que apenas para rejeitá-lo. O passado é, portanto, uma dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável das instituições, valores e outros padrões da sociedade humana. O problema para os historiadores é analisar a natureza desse "sentido do passado" na sociedade e localizar suas mudanças e transformações." (HOBSBAWM, Eric. O Sentido do Passado. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 22).
Nesta postagem do Blog de História da UNILA, pretendemos dissertar um pouco sobre as questões socioculturais e a diversidade sociolinguística do México, dando ênfase às disputas e desafios que cercam estes temas. A população do México possui cerca de 122 milhões de indivíduos, a segunda maior população da América Latina, atrás apenas do Brasil. 60% de sua população declara-se como mestiço (resultantes da miscigenação de inúmeros povos); 30% declara-se como ameríndio e 9% declara-se como branco. Ao todo, cerca de 75% da população mexicana vive em áreas urbanas localizadas nas regiões planálticas do país. Segundo o Atlas são falados 55 idiomas originários distintos no território do México, entre eles se destacam pelo número de falantes: o Náhuatl (1,3 milhão); o Maia (759.000); as línguas Mixtecas (423.000); as Zapotecas (411.000); Entre outras como: o Mixteco ; Paipai Purépecha ; Tének ; Triqui ; Tojolobal ; Tostil e Zapoteco . A diversidade cultural ...