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Stroessner, 24 anos depois: vítimas da ditadura.

Milhares foram os paraguaios afetados direta ou indiretamente pela repressão da ditadura Stroessner. Encerramos essa série de postagens sobre o stronismo destacando uma das facetas dessa repressão, a que recaiu sobre as mulheres. A seguir, destacamos cinco paraguaias que lutaram não somente contra Stroessner, mas contra as ditaduras na América Latina. Essas mulheres foram lembradas em um calendário de 2008 produzido pela Coordinadora de Derechos Humanos del Paraguay (CODEHUPY), pelo Comité de Iglesias para Ayudas de Emergencia (CIPAE), pelo Servicio Paz y Justicia Paraguay (SERPAJ - PY) e pela Coordinadora de Luchadoras, Luchadores y Víctimas de la Dictadura. As informações a seguir foram retiradas do calendário:

Soledad Barrett
Desaparecida el 8 de enero de 1973

Asesinada/desaparecida durante la represión ocurrida en “Chacara de Sao Bento”, en Pernambuco, Brasil. Pertenecía a la organización armada Vanguardia Popular Revolucionaria (VPR).
Hija del dirigente comunista Alex Barrett y nieta del anarquista español, Rafael Barrett. Soledad nació el 6 de enero de 1945, em Tacurutï, departamento de Ñeembucú, Paraguay, un pueblo pequeño cercano a la estacia Laguna Porá. Contaba al momento de su muerte con 28 años de edad. El conocido poeta uruguayo, Mario Benedetti, le dedicó unos versos que fueron musicalizados por el músico, también uruguayo, Daniel Viglietti.
Realizó militancia en la Argentina, Uruguay, posteriormente viajó a Cuba. De regreso a Latinoamérica, luego de un tiempo se instaló em Brasil, para militar dentro de la Vanguardia Popular Revolucionaria (VPR).

Agapita Faustina Torres de Quintana
Detenida/desaparecida el 18 de marzo de 1970

La camarada “Ramona”, así conocida esta luchadora dentro de las filas del Partido Comunista Paraguayo Independiente (PCPI), regresaba al país de Buenos Aires cuando fue detenida en Itá Enramada. Se sabe que durante varios días fue brutalmente torturada sin que pronunciara ningún nombre de sus camaradas. Ella era portadora de los documentos que ordenaban ciertos cambios en la estructura organizativa de este partido. Era miembro del Comité Central del PCPI; estaba a cargo de los diversos problemas de los familiares de los presos comunistas.
Dicen que durante mucho tiempo su militancia se desarrollaba en el Mercado No 4, al lado de las vendedoras y cigarreras. Allí era muy conocida por sus posiciones solidarias y por su firmeza ante las injusticias cometidas contra los trabajadores. Tenía 53 años cuando fue detenida.

Julia Solalinde, Juana Peralta, Antonio Perruchino
Desaparecidas en julio de 1960
 
Las tres fueron combatientes guerrilleras de la Columna Ytororó, del Frente Unido de Liberación Nacional (FULNA) (…). Las pocas informaciones con que se cuenta de las “tres heroínas”, dicen que Julia Solalinde de Vázquez era enferma profesional. Al momento de su desaparición tenía 36 años.
Antonia Perruchino, de 29 años de edad, al parecer ingresó a la guerrilla proveniente del Bloque de Liberación Nacional, corriente interna del febrerismo.
Juana Peralta (...), trabajadora doméstica, de 41 años. Era militante de la célula comunista paraguaya de San Miguel, provincia de Buenos Aires. Las 3 fueron conducidas al campo de concentración de Charará a cargo del general Patricio Colmán, allí fueron torturadas y luego destinadas a cocinar para la tropa del campamento (600 soldados). En el mes de julio de 1960, el ministro del Interior Edgar L. Ynsfrán dio la orden de asesinarlas. El ejecutor material fue un tal teniente Vargas, torturador del batallón de seguridad de Tacumbú, que a la sazón estaba castigado em Charará.
 
Prof. Paulo Renato da Silva.

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