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Sarlo analisa a violência e os meios de comunicação.

As notícias policiais possuem um espaço cada vez maior em muitos países da América Latina. Há jornais, revistas e programas de rádio e de televisão especializados no tema. Beatriz Sarlo faz uma crítica a essa cobertura da violência pelos meios de comunicação:
“Comparada con la velocidad de la toma directa documental, la justicia es intolerablemente lenta. Los medios se colocan del lado de las víctimas en el sentido de que ellas, las víctimas, no están interesadas en la construcción de un caso judicial con todas las garantías procesales y probatorias para los presuntos delincuentes, sino que reclaman un castigo directo y sumario. Así lo expresan cuando afirman, ante las cámaras de televisión, que los delincuentes son bestias fuera de todo derecho. Este discurso de las víctimas es comprensible porque sobre el dolor de la pérdida o la humillación de la violencia padecida no se apoya una perspectiva de justicia para todos.
Es precisamente desde afuera de ese dolor, y sólo desde afuera, que sería posible garantizar la imparcialidad del juicio. Los medios audiovisuales realizan ese juicio según la costumbre de los regímenes no republicanos: de manera sumaria. Afortunadamente, no son instancias judiciales reales. La peor justicia, la más lenta y torpe es preferible a un veredicto populista, donde la agitación demagógica del crimen implica una ausencia total de garantías. Frente a una justicia que debe ser invariablemente garantista, los medios audiovisuales son práctica y teóricamente antigarantistas. Se comportan como víctimas, aunque no lo sean. Lo que en las víctimas es comprensible dada su situación de indefensión, en los medios es agitación antiinstitucional. Las víctimas le piden al Estado lo que éste debe dar, seguridad, y lo piden como pueden. Los medios tienden a colocarse en el lugar imaginario de una de las esferas del Estado, la de la justicia, y no pueden ni impartir justicia ni garantizar seguridad y, además, no cumplen con su tarea de informar razonadamente.” (SARLO, 2002: 64-65).
Referências bibliográficas:
SARLO, Beatriz. Tempo Presente: notas sobre el cambio de una cultura. Buenos Aires: Siglo XXI, 2002.
Prof. Paulo Renato da Silva.

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