Pular para o conteúdo principal

Manoel Bomfim, pensador de América Latina

El brasileño Manoel Bomfim (1868-1932), oriundo de Acaraju, Sergipe, fue un medico de formación, pedagogo y autor de obras de análisis histórico-sociológico sobre el Brasil y América Latina. Su nombre es destacado por su oposición a las tesis racistas que, en su tiempo, buscaban inferiorizar a la América Latina face a la Europa.
En 1905 Manoel Bomfim publicó La América Latina: males de origen, obra escrita en Paris. El libro contenía ya en el titulo y en su organización una postura de excepción en aquel momento, al incluir al Brasil como parte de América Latina. Pero su principal objetivo era el combate a las tesis racistas que atribuían al mestizaje de razas la razón de una supuesta incapacidad de progreso de las naciones Latinoamericanas (o sur-americanas, categoría con la cual de hecho trabaja Bomfim, a pesar del título del libro). Para Manoel Bomfim, los problemas vividos por los países del continente no se debían a causas biológicas, o esencialistas de cualquier naturaleza, pero a causas históricas (los ‘’males de origen´´): la colonización ibérica había dejado como herencia un fenómeno que Bomfim clasificó de ‘’parasitismo’’, la presencia de una elite parasito que absorbía las energías de su pueblo ( se nota que, a pesar de combatir las interpretaciones biológicas, Bomfim no dejo de escapar la práctica común en el pensamiento de su tiempo, la búsqueda de una metáfora biológica para describir fenómenos humanos). Bomfim concluía su libro afirmando que no había nación incapaz de progreso, como afirmaba el pensamiento racista europeo al respecto de América Latina y de África.
Posteriormente, Manoel Bomfim relativizaría el pensamiento de una América Latina unificada por sus problemas históricos, en particular en la obra O Brasil na América (1929). En ella, Bomfim enfatiza las diferencias entre el Brasil y los demás países ‘’neo-ibéricos’’, o sea, los de colonización ibérica. Continuaba, sin embargo, el rechazo a cualquier visión que negase a esos países la responsabilidad de progreso y de solución de sus males sociales. Manoel Bomfim atribuía la educación, especialmente, un papel primordial en la superación de los problemas históricos latino-americanos. Recientemente, su obra fue reeditada, convirtiéndose en tema de tesis, libros y artículos que recuperan diversos aspectos de su pensamiento.

Indicaciones de lectura:

AGUIAR, Ronaldo Conde. O rebelde esquecido: tempo, vida e obra de Manoel Bomfim. Rio de Janeiro: Topbooks, 2000.
BOMFIM, Manoel. A América Latina; males de origem: O parasitismo social e evolução. Rio de Janeiro: Topbooks, 2005.
______________. O Brasil na América: Caracterização da Formação Brasileira. Rio de Janeiro: Topbooks, 1997, 2ª edição.

Prof. Pedro Afonso Cristovão dos Santos


Traducción: Mariela Raquel Melgarejo López

Postagens mais visitadas deste blog

A "Primavera dos Povos" na Era do Capital: historiografia e imagens das revoluções de 1848

  Segundo a leitura de Eric J. Hobsbawm em A Era do Capital , a Primavera dos Povos foi uma série de eventos gerados por movimentos revolucionários (liberais; nacionalista e socialistas) que eclodiram quase que simultaneamente pela Europa no ano de 1848, possuindo em comum um estilo e sentimento marcados por uma atmosfera romântico-utópica influenciada pela Revolução Francesa (1789). No início de 1848 a ideia de que revolução social estava por acontecer era iminente entre uma parcela dos pensadores contemporâneos e pode-se dizer que a velocidade das trocas de informações impulsionou o processo revolucionário na Europa, pois nunca houvera antes uma revolução que tivesse se espalhado de modo tão rápido e amplo. Com a monarquia francesa derrubada pela insurreição e a república proclamada no dia 24 de fevereiro, a revolução europeia foi iniciada. Por volta de 2 de março, a revolução havia chegado ao sudoeste alemão; em 6 de março a Bavária, 11 de março Berlim, 13 de março Viena, ...

“Núcleo Integralista, Núcleo Proletário”: Os trabalhadores e os sindicatos no jornal integralista “A Offensiva”

       1.  INTRODUÇÃO      Em outubro de 1932, o político e escritor brasileiro Plínio Salgado (1895-1975) publicou o manifesto que seria a base doutrinária de um dos maiores movimentos político-sociais de extrema direita da América Latina, o Integralismo. Com fortes inspirações fascistas, o movimento logo alcançou um grande número de adeptos e militantes, e marcou os cenários político e social brasileiros da primeira metade do século XX.      Um dos principais meios de propaganda e comunicação da Ação Integralista Brasileira (AIB) foi a imprensa periódica, sobretudo através do jornal A Offensiva, publicado no Rio de Janeiro e distribuído nacionalmente entre 1934 e 1938 (Oliveira, 2009, p. 151).      Através deste texto, considerando A Offensiva como nossa fonte de pesquisa, buscamos analisar criticamente a seção sindical do jornal em três diferentes números publicados entre 03 e 05 de novembro de 1936. Tratam-...