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El Arca Rusa

 

 


La obra cinematográfica Arca Rusa es visiblemente una problemática planteada por el historiador, cineasta y director Aleksandr Sokúrov, que crea un diálogo entre él mismo, que a su vez representa a la Rusia contemporánea, y un segundo personaje histórico, el francés Marqués de Custine, un individuo que realmente existió y era un monárquico reaccionario en Francia, que representa a una Europa caracterizada por su eurocentrismo.

El Marqués de Custine tiene una visión de una Rusia bárbara que sufrió una gran influencia oriental, debido a las invasiones mongolas y a la Iglesia Ortodoxa Rusa, junto con el apoyo de su autocracia. En otras palabras, él es el típico católico europeo que cree en un vínculo entre Grecia, Roma y Europa, al que se considera el portador de civilidad. Sin embargo, no podemos dejar de entenderle como un individuo de su tiempo, por lo que no vio la caída de los Czares y no pudo acompañar la revolución rusa. En este sentido, Sokúrov entiende el proceso de la utopía socialista y su cierre con la caída del Muro de Berlín.

En el título de la película ya es posible identificar una metáfora que alude al arca de Noé, en la que la propia historia de Rusia conforma el arca. Es decir, Sokúrov recorre el proceso histórico ruso, seleccionando lo que queda y lo que queda del arca, que seguirá navegando eternamente. Así, Rusia seguirá trazando su camino ante la historia, sobreviviendo y navegando en este océano de posibilidades.

 

Referencias

DE CUSTINE, Astolphe. La Russie em 1839. Vol. 1. Wouters, 1843.

RUSA, El Arca. “Dirección: Aleksandr Sokúrov.” Producción: Rússia, Versátil Home Vídeo, 2002.

 

Referência da Imagem: Disponível em: https://www.justwatch.com/es/pelicula/russian-ark


Tarcísio Moreira de Queiroga Júnior, licenciado em História pela UNILA

 

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