A Guerra do Paraguai (como denominam os brasileiros) ou da Tríplice Aliança (como chamam os paraguaios) é um dos principais e mais debatidos temas da História da América. Hoje e amanhã apresentaremos sucintamente dois autores que representam tendências da historiografia, Júlio José Chiavenato e Francisco Doratioto.
Segundo Chiavenato:
“Logo após a guerra, os historiadores ligados ao Império [brasileiro] trataram de justificar e encobrir o genocídio e o caráter subimperialista da luta. (…).
Uma abordagem crítica desse conflito revela crimes de guerra cometidos por Caxias, pelo conde d'Eu; põe a nu a matança de meninos de nove a quinze anos; destaca a covardia e a corrupção de muitos generais; enfim, dá-nos o perfil inteiro do massacre de um povo e, mais do que isso, mostra o Império do Brasil a serviço da Inglaterra, esmagando um país livre para não desequilibrar o sistema de dominação que o imperialismo inglês mantinha na América do Sul.” (CHIAVENATO, Júlio José. A Guerra contra o Paraguai. São Paulo: Brasiliense, 1993. p. 8).
Para pensar: nesse pequeno trecho, Chiavenato destaca pelo menos dois elementos que explicariam a guerra. Que elementos são esses?
Amanhã continuaremos com Doratioto.
Prof. Paulo Renato da Silva.