Stroessner e o presidente do Brasil Juscelino Kubitschek.
(Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/galeria/album/p_20060816-alfredo_stroessner-03.shtml>. Acesso em: 7 fev. 2012).
O Brasil também colaborou profundamente para manter Stroessner no governo
paraguaio por mais de três décadas (1954-1989).
Antes de Stroessner, o presidente brasileiro Getúlio Vargas (1930-1945;
1951-1954) já tinha iniciado uma aproximação com o Paraguai. O Brasil pretendia
conquistar o mercado do país e, assim, diminuir o poder que a Argentina tinha
no Paraguai.
Na ditadura Stroessner essa aproximação aumentou. O Estado brasileiro,
durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), construiu a Ponte da
Amizade. No governo de João Goulart (1961-1964) começou a ganhar força a ideia
de uma hidrelétrica entre os dois países, o que foi consolidado anos depois
pela ditadura militar brasileira (1964-1985) com Itaipu. No governo Goulart também
foram intensificadas políticas culturais e educacionais que o Brasil já tinha
no Paraguai, como a realização de exposições. Assim, vale destacar que
Kubitschek e Goulart, dois presidentes “democráticos”, apoiaram a consolidação
da ditadura Stroessner. As obras e as políticas culturais e educacionais
ajudaram a dar um ar de “modernidade” à ditadura paraguaia.
A construção de Itaipu, durante a ditadura militar brasileira,
consolidou o apoio a Stroessner. A construção da hidrelétrica garantiu anos de
crescimento econômico ao Paraguai, o que foi usado pela propaganda da ditadura como
um sinal do “progresso” que Stroessner estaria garantindo ao país.
Prof. Paulo Renato da Silva.