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Arte, cor e poder.


Já falamos da preocupação “realista” de muitos artistas do Renascimento ao retratarem o mundo ao ser redor. Porém, nenhuma obra de arte é uma cópia idêntica da “realidade”. Por exemplo, no Renascimento, a cor azul era obtida, muitas vezes, a partir do lápis-lazúli, uma pedra preciosa de elevado valor. Assim, seu uso em uma pintura não necessariamente representava o que o pintor via ao seu redor; o emprego do azul, em muitos casos, visava demonstrar o poderio econômico do que tinha encomendado a obra. O mesmo vale para a pintura de temática religiosa: o emprego do azul não necessariamente tinha um significado especial.

Storie di San Nicola, de Fra Angelico (1387-1455). Fra Angelico é considerado um precursor do Renascimento.

Prof. Paulo Renato da Silva.

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