Pular para o conteúdo principal

Botero: releituras da história da arte.

O pintor colombiano Fernando Botero, nascido em Medellín em 1932 e ainda em atuação, tem um estilo muito particular, inclusive chamado por alguns de “boterismo”. O pintor é conhecido, principalmente, por acentuar o volume dos corpos das pessoas e dos animais que representa.
Essa característica levou Botero a se apropriar de cânones da pintura universal, dos quais fez uma leitura bastante peculiar, como demonstram os exemplos a seguir, mas existem outros. Por um lado, a releitura desses cânones indica a valorização, o reconhecimento desses artistas por Botero. Mas, por outro, Botero, usando de sua liberdade (re)criadora, subverte os padrões consagrados.
Na próxima postagem seguimos com Botero.

Mona Lisa - Fernando Botero
Mona Lisa de Botero (1977/1978).

Después de Piero della Francesca de Botero (1998) de Botero. Comparem com a obra "original" na postagem de 10 de maio deste ano.


Prof. Paulo Renato da Silva.

Postagens mais visitadas deste blog

"Progresso Americano" (1872), de John Gast.

Progresso Americano (1872), de John Gast, é uma alegoria do “Destino Manifesto”. A obra representa bem o papel que parte da sociedade norte-americana acredita ter no mundo, o de levar a “democracia” e o “progresso” para outros povos, o que foi e ainda é usado para justificar interferências e invasões dos Estados Unidos em outros países. Na pintura, existe um contraste entre “luz” e “sombra”. A “luz” é representada por elementos como o telégrafo, a navegação, o trem, o comércio, a agricultura e a propriedade privada (como indica a pequena cerca em torno da plantação, no canto inferior direito). A “sombra”, por sua vez, é relacionada aos indígenas e animais selvagens. O quadro “se movimenta” da direita para a esquerda do observador, uma clara referência à “Marcha para o Oeste” que marcou os Estados Unidos no século XIX. Prof. Paulo Renato da Silva. Professores em greve!

A perspectiva na pintura renascentista.

Outra característica da pintura renascentista é o aprimoramento da perspectiva. Vejamos como a Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais se refere ao tema: “Técnica de representação do espaço tridimensional numa superfície plana, de modo que a imagem obtida se aproxime daquela que se apresenta à visão. Na história da arte, o termo é empregado de modo geral para designar os mais variados tipos de representação da profundidade espacial. Os desenvolvimentos da ótica acompanham a Antigüidade e a Idade Média, ainda que eles não se apliquem, nesses contextos, à representação artística. É no   renascimento   que a pesquisa científica da visão dá lugar a uma ciência da representação, alterando de modo radical o desenho, a pintura e a arquitetura. As conquistas da geometria e da ótica ensinam a projetar objetos em profundidade pela convergência de linhas aparentemente paralelas em um único ponto de fuga. A perspectiva, matematicamente fundamentada, desenvolve-se na Itália dos sécu...