Pular para o conteúdo principal

A Marselhesa (La Marseillaise) e a Memória da Revolução Francesa.

No domingo se completou mais um aniversário da queda da Bastilha em 1789, o que tradicionalmente é considerado como o marco inicial da Revolução Francesa. 14 de julho é a data mais importante na França e o país construiu uma memória da Revolução na qual se apresenta como o berço da democracia, como o berço da liberdade, da igualdade e da fraternidade.
A Marselhesa é o hino nacional francês. Composta em 1792, em meio à instabilidade dos primeiros anos da Revolução, foi proibida várias vezes e apenas em 1879 se consolidou como o hino do país.
A história d’A Marselhesa se entrelaça com a memória que a França construiu da Revolução. Particularmente durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), A Marselhesa foi uma espécie de hino dos Aliados contra o Eixo, naquela guerra das “democracias” contra o nazi-fascismo. Inclusive na América Latina houve passeatas e manifestações pró-Aliados ao som d’A Marselhesa
Uma das cenas mais conhecidas do cinema representa A Marselhesa como esse símbolo da democracia. Em Casablanca (1942), vale ressaltar, lançado em plena guerra, um grupo de alemães começa a cantar um hino nazista e Victor Lazlo (interpretado por Paul Henreid), líder da resistência tcheca ao nazismo, responde cantando A Marselhesa, o que é acompanhado pela maioria dos presentes:


Prof. Paulo Renato da Silva.

Postagens mais visitadas deste blog

A perspectiva na pintura renascentista.

Outra característica da pintura renascentista é o aprimoramento da perspectiva. Vejamos como a Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais se refere ao tema: “Técnica de representação do espaço tridimensional numa superfície plana, de modo que a imagem obtida se aproxime daquela que se apresenta à visão. Na história da arte, o termo é empregado de modo geral para designar os mais variados tipos de representação da profundidade espacial. Os desenvolvimentos da ótica acompanham a Antigüidade e a Idade Média, ainda que eles não se apliquem, nesses contextos, à representação artística. É no   renascimento   que a pesquisa científica da visão dá lugar a uma ciência da representação, alterando de modo radical o desenho, a pintura e a arquitetura. As conquistas da geometria e da ótica ensinam a projetar objetos em profundidade pela convergência de linhas aparentemente paralelas em um único ponto de fuga. A perspectiva, matematicamente fundamentada, desenvolve-se na Itália dos séculos XV e

"Progresso Americano" (1872), de John Gast.

Progresso Americano (1872), de John Gast, é uma alegoria do “Destino Manifesto”. A obra representa bem o papel que parte da sociedade norte-americana acredita ter no mundo, o de levar a “democracia” e o “progresso” para outros povos, o que foi e ainda é usado para justificar interferências e invasões dos Estados Unidos em outros países. Na pintura, existe um contraste entre “luz” e “sombra”. A “luz” é representada por elementos como o telégrafo, a navegação, o trem, o comércio, a agricultura e a propriedade privada (como indica a pequena cerca em torno da plantação, no canto inferior direito). A “sombra”, por sua vez, é relacionada aos indígenas e animais selvagens. O quadro “se movimenta” da direita para a esquerda do observador, uma clara referência à “Marcha para o Oeste” que marcou os Estados Unidos no século XIX. Prof. Paulo Renato da Silva. Professores em greve!