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A Marselhesa (La Marseillaise) e a Memória da Revolução Francesa.

No domingo se completou mais um aniversário da queda da Bastilha em 1789, o que tradicionalmente é considerado como o marco inicial da Revolução Francesa. 14 de julho é a data mais importante na França e o país construiu uma memória da Revolução na qual se apresenta como o berço da democracia, como o berço da liberdade, da igualdade e da fraternidade.
A Marselhesa é o hino nacional francês. Composta em 1792, em meio à instabilidade dos primeiros anos da Revolução, foi proibida várias vezes e apenas em 1879 se consolidou como o hino do país.
A história d’A Marselhesa se entrelaça com a memória que a França construiu da Revolução. Particularmente durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), A Marselhesa foi uma espécie de hino dos Aliados contra o Eixo, naquela guerra das “democracias” contra o nazi-fascismo. Inclusive na América Latina houve passeatas e manifestações pró-Aliados ao som d’A Marselhesa
Uma das cenas mais conhecidas do cinema representa A Marselhesa como esse símbolo da democracia. Em Casablanca (1942), vale ressaltar, lançado em plena guerra, um grupo de alemães começa a cantar um hino nazista e Victor Lazlo (interpretado por Paul Henreid), líder da resistência tcheca ao nazismo, responde cantando A Marselhesa, o que é acompanhado pela maioria dos presentes:


Prof. Paulo Renato da Silva.

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