Uma das principais críticas feitas ao “pós-modernismo” se refere ao risco de cairmos em uma História totalmente relativista. Se a História e as fontes são fundamentalmente discursos, desvinculados das experiências vividas que dizem retratar, deveríamos então aceitar tudo, todos os pontos de vista, todas as versões do passado? Dependendo do tema, o debate se torna bastante intenso. Por exemplo, seriam “apenas discursos” os números tatuados que vemos nos sobreviventes do Holocausto ou o que restou dos campos de concentração?
Trata-se de uma situação muito controversa, paradoxal: por um lado, o “pós-modernismo”, ao considerar a multiplicidade dos discursos, seria um aliado da tolerância; mas, por outro, ajudaria a legitimar versões do passado marcadas, inclusive, pela intolerância.
Para quem quiser se aprofundar mais no debate sobre o Holocausto, uma das críticas mais contundentes ao "pós-modernismo" foi feita por Carlo Ginzburg em Unus testis – O Extermínio dos Judeus e o Princípio de Realidade, capítulo do livro O Fio e os Rastros, disponível em nossa Biblioteca Latino-Americana.
Dentre os marxistas, podemos encontrar uma crítica aos "pós-modernistas" em Pós-Modernismo na Floresta, capítulo do livro Sobre História, de Eric Hobsbawm, também disponível em nossa Biblioteca.
Dentre os marxistas, podemos encontrar uma crítica aos "pós-modernistas" em Pós-Modernismo na Floresta, capítulo do livro Sobre História, de Eric Hobsbawm, também disponível em nossa Biblioteca.
Prof. Paulo Renato da Silva.