Neste ano, no Brasil, chegamos ao 60º aniversário do suicídio do
presidente Getúlio Vargas (1930-1945 e 1951-1954) e teremos eleições para
presidente, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais. Vale lembrar a “marchinha” que embalou a campanha de Vargas em 1951, “Retrato
do Velho”:
Bota o retrato do velho outra vez
Bota no mesmo lugar
O sorriso do velhinho
Faz a gente trabalhar
Bota no mesmo lugar
O sorriso do velhinho
Faz a gente trabalhar
Eu já botei o
meu
E tu, não vai botar?
Já enfeitei o meu
E tu vais enfeitar?
O sorriso do velhinho
Faz a gente trabalhar
E tu, não vai botar?
Já enfeitei o meu
E tu vais enfeitar?
O sorriso do velhinho
Faz a gente trabalhar
A
marchinha é de Haroldo Lobo e Marino Pinto. “Retrato do Velho” apresenta várias
estratégias para conquistar o apoio dos setores populares. Em primeiro lugar, foi
imortalizada na voz de Francisco Alves, um dos cantores mais populares do
período. Além disso, se trata de uma “marchinha” de Carnaval. A letra ainda
tenta associar Vargas ao trabalho, ao “progresso”, e construir uma imagem
carismática do ex-presidente que tentava – e conseguiu – retornar ao poder: além
de destacar o “sorriso”, o uso do diminutivo “velhinho” também exemplifica a
imagem carismática que pretendiam transmitir.