Pular para o conteúdo principal

"Retrato do Velho" e a volta de Vargas.

Neste ano, no Brasil, chegamos ao 60º aniversário do suicídio do presidente Getúlio Vargas (1930-1945 e 1951-1954) e teremos eleições para presidente, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais. Vale lembrar a “marchinha” que embalou a campanha de Vargas em 1951, “Retrato do Velho”:


Bota o retrato do velho outra vez
Bota no mesmo lugar
O sorriso do velhinho
Faz a gente trabalhar
Eu já botei o meu
E tu, não vai botar?
Já enfeitei o meu
E tu vais enfeitar?
O sorriso do velhinho
Faz a gente trabalhar

A marchinha é de Haroldo Lobo e Marino Pinto. “Retrato do Velho” apresenta várias estratégias para conquistar o apoio dos setores populares. Em primeiro lugar, foi imortalizada na voz de Francisco Alves, um dos cantores mais populares do período. Além disso, se trata de uma “marchinha” de Carnaval. A letra ainda tenta associar Vargas ao trabalho, ao “progresso”, e construir uma imagem carismática do ex-presidente que tentava – e conseguiu – retornar ao poder: além de destacar o “sorriso”, o uso do diminutivo “velhinho” também exemplifica a imagem carismática que pretendiam transmitir.

Postagens mais visitadas deste blog

A perspectiva na pintura renascentista.

Outra característica da pintura renascentista é o aprimoramento da perspectiva. Vejamos como a Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais se refere ao tema: “Técnica de representação do espaço tridimensional numa superfície plana, de modo que a imagem obtida se aproxime daquela que se apresenta à visão. Na história da arte, o termo é empregado de modo geral para designar os mais variados tipos de representação da profundidade espacial. Os desenvolvimentos da ótica acompanham a Antigüidade e a Idade Média, ainda que eles não se apliquem, nesses contextos, à representação artística. É no   renascimento   que a pesquisa científica da visão dá lugar a uma ciência da representação, alterando de modo radical o desenho, a pintura e a arquitetura. As conquistas da geometria e da ótica ensinam a projetar objetos em profundidade pela convergência de linhas aparentemente paralelas em um único ponto de fuga. A perspectiva, matematicamente fundamentada, desenvolve-se na Itália dos séculos XV e

"Progresso Americano" (1872), de John Gast.

Progresso Americano (1872), de John Gast, é uma alegoria do “Destino Manifesto”. A obra representa bem o papel que parte da sociedade norte-americana acredita ter no mundo, o de levar a “democracia” e o “progresso” para outros povos, o que foi e ainda é usado para justificar interferências e invasões dos Estados Unidos em outros países. Na pintura, existe um contraste entre “luz” e “sombra”. A “luz” é representada por elementos como o telégrafo, a navegação, o trem, o comércio, a agricultura e a propriedade privada (como indica a pequena cerca em torno da plantação, no canto inferior direito). A “sombra”, por sua vez, é relacionada aos indígenas e animais selvagens. O quadro “se movimenta” da direita para a esquerda do observador, uma clara referência à “Marcha para o Oeste” que marcou os Estados Unidos no século XIX. Prof. Paulo Renato da Silva. Professores em greve!