Poderíamos finalizar
estas postagens sobre a ditadura no Haiti com o texto anterior, onde falamos do
fim da ditadura no ano de 1986. Porém, quase 30 anos depois do fim desta
ditadura, os mesmos personagens protagonistas daquela época também querem ser
protagonistas agora. Nos casos tradicionais das monarquias, há uma constante
renovação através da substituição de seus membros mais velhos ou já mortos por
membros juniores. A “dinastia” Duvalierista segue o mesmo caminho.
Em 2011, depois de
mais de vinte anos residindo na França, Jean Claude Duvalier retornou ao Haiti.
As inúmeras acusações (de desvio do dinheiro público e das atrocidades
cometidas por sua milícia) permanecem sem serem averiguadas. Enquanto isso,
Baby Doc desfila pela capital do Haiti e ao lado de autoridades políticas com
quem mantem bom relacionamento e seu filho Nicolas Duvalier aparenta querer
candidatar-se para algum cargo público, além de procurar reabilitar a memória
de seu avô (François Duvalier).[1]
O
atual presidente do Haiti Michel Martelly (ao centro), cumprimentando Jean
Claude Duvalier. A esquerda, Nicolas Duvalier.
Disponível: http://nimg.sulekha.com/others/original700/michel-martelly-jean-claude-duvalier-francois-nicolas-nico-duvalier-2011-10-12-20-0-56.jpg Acesso: 22/05/2014.
Nicolas Duvalier. Especulações em torno de uma
possível candidatura nas próximas eleições no Haiti (foto de 2013). Disponível
em: http://www.haitiobserver.com/photos/rp/hp3785.html Acesso:
22/05/2014.
Samuel Cassiano - estudante do Curso de História - América Latina, da UNILA.