Pular para o conteúdo principal

A perseguição da Ditadura Brasileira aos movimentos LGBT

Chamamos “brasilianistas” aos historiadores norte-americanos que se dedicam ao estudo da história do Brasil. Entre eles, está James N. Green, professor de História da América Latina da Brown University, pesquisador da repressão aos movimentos LGBT durante o regime militar. Essa perseguição envolveu desde a repressão aos trabalhadores, até a expulsão de diplomatas homossexuais do Itamaraty. Ativista LGBT, Green tem publicado artigos e livros sobre essa temática, além de estudar também a oposição ao regime militar organizada nos EUA. Entre suas publicações, está Além do Carnaval: a homossexualidade masculina no Brasil do século XX (São Paulo: Editora da UNESP, 2000), Apesar de vocês: Oposição à ditadura militar nos EUA, 1964-85 (São Paulo: Companhia das Letras, 2009) e Ditadura e homossexualidades: repressão, resistência e a busca pela verdade (São Carlos, SP: EdUFSCAR, 2014), este último organizado em parceria com Renan Quinalha (doutorando da Universidade de São Paulo).
Em 29/09/2013, Green participou de audiência pública organizada pela Comissão Nacional da Verdade e pela Comissão da Verdade de São Paulo “Rubens Paiva”, no Memorial da Resistência, em São Paulo, com o tema Ditadura e Homossexualidade (audiência organizada em parceria com o Museu da Diversidade Sexual). Sua participação (ver vídeo abaixo) enfatizou a importância da Comissão Nacional da Verdade para o resgate desse aspecto da repressão (aos movimentos LGBT), por vezes negligenciado nos estudos e memória do período da Ditadura, além de revelar um pouco de sua própria atuação nos movimentos. Green esteve presente em ato de 1º de maio de 1980, em frente ao Teatro Municipal de São Paulo, contra a perseguição a trabalhadores homossexuais, considerado um dos marcos do movimento LGBT no Brasil.


Registro do ato de 1º de maio de 1980 (extraído de http://www.dw.com/pt/cnv-revela-como-ditadura-perseguiu-homossexuais/a-18116656, acesso em 17 de maio de 2016).

Prof. Pedro Afonso Cristovão dos Santos

Postagens mais visitadas deste blog

A perspectiva na pintura renascentista.

Outra característica da pintura renascentista é o aprimoramento da perspectiva. Vejamos como a Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais se refere ao tema: “Técnica de representação do espaço tridimensional numa superfície plana, de modo que a imagem obtida se aproxime daquela que se apresenta à visão. Na história da arte, o termo é empregado de modo geral para designar os mais variados tipos de representação da profundidade espacial. Os desenvolvimentos da ótica acompanham a Antigüidade e a Idade Média, ainda que eles não se apliquem, nesses contextos, à representação artística. É no   renascimento   que a pesquisa científica da visão dá lugar a uma ciência da representação, alterando de modo radical o desenho, a pintura e a arquitetura. As conquistas da geometria e da ótica ensinam a projetar objetos em profundidade pela convergência de linhas aparentemente paralelas em um único ponto de fuga. A perspectiva, matematicamente fundamentada, desenvolve-se na Itália dos séculos XV e

"Progresso Americano" (1872), de John Gast.

Progresso Americano (1872), de John Gast, é uma alegoria do “Destino Manifesto”. A obra representa bem o papel que parte da sociedade norte-americana acredita ter no mundo, o de levar a “democracia” e o “progresso” para outros povos, o que foi e ainda é usado para justificar interferências e invasões dos Estados Unidos em outros países. Na pintura, existe um contraste entre “luz” e “sombra”. A “luz” é representada por elementos como o telégrafo, a navegação, o trem, o comércio, a agricultura e a propriedade privada (como indica a pequena cerca em torno da plantação, no canto inferior direito). A “sombra”, por sua vez, é relacionada aos indígenas e animais selvagens. O quadro “se movimenta” da direita para a esquerda do observador, uma clara referência à “Marcha para o Oeste” que marcou os Estados Unidos no século XIX. Prof. Paulo Renato da Silva. Professores em greve!