Pular para o conteúdo principal

Chile - cinema e história

Prosseguimos nossa série sobre as ditaduras latino-americanas com mais duas indicações de filmes sobre a ditadura chilena: a trilogia de documentários La batalla de Chile (1975), de Patricio Guzman, e a ficção Machuca (2004), de Andrés Wood.
La Batalla de Chile é composta de três partes: La insurreción de la burguesia (1975), El golpe de Estado (1976) e El poder popular (1979).




Machuca, por sua vez, representa a experiência ocorrida no colégio Saint George's College, em Santiago, colégio de elite onde, por iniciativa de seu diretor, um grupo de alunos de classes mais humildes foi aceito, como forma de promover uma educação sem discriminação e o respeito entre as classes. No filme, a experiência, que tem lugar pouco antes do golpe de Estado que derrubou o presidente Salvador Allende, é retratada por meio da amizade entre as crianças Gonzalo Infante, de família oriunda da elite chilena, e Pedro Machuca, de família da classe trabalhadora.


Prof. Pedro Afonso Cristovão dos Santos

Postagens mais visitadas deste blog

A perspectiva na pintura renascentista.

Outra característica da pintura renascentista é o aprimoramento da perspectiva. Vejamos como a Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais se refere ao tema: “Técnica de representação do espaço tridimensional numa superfície plana, de modo que a imagem obtida se aproxime daquela que se apresenta à visão. Na história da arte, o termo é empregado de modo geral para designar os mais variados tipos de representação da profundidade espacial. Os desenvolvimentos da ótica acompanham a Antigüidade e a Idade Média, ainda que eles não se apliquem, nesses contextos, à representação artística. É no   renascimento   que a pesquisa científica da visão dá lugar a uma ciência da representação, alterando de modo radical o desenho, a pintura e a arquitetura. As conquistas da geometria e da ótica ensinam a projetar objetos em profundidade pela convergência de linhas aparentemente paralelas em um único ponto de fuga. A perspectiva, matematicamente fundamentada, desenvolve-se na Itália dos sécu...

"Operários", de Tarsila do Amaral: diversidade e unidade dos trabalhadores.

Há um amplo debate sobre a formação do movimento operário e os elementos que interferem em sua constituição. Um quadro da brasileira Tarsila do Amaral (1886-1973), Operários , de 1933, de certa forma sintetiza esse debate. No quadro, a pintora representa a diversidade - sobretudo étnica e de gênero, para usarmos conceitos atuais - que caracterizava os trabalhadores da indústria brasileira do período. Se por um lado notamos a diversidade dos trabalhadores, por outro a pintora também indica elementos em comum. Os rostos sobrepostos representariam a “massificação” dos trabalhadores. A expressão de "cansaço" da maioria dos rostos indicaria esse processo. Prof. Paulo Renato da Silva.