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O apoio do Brasil à ditadura Stroessner no Paraguai

As ditaduras latino-americanas não podem ser analisadas apenas a partir das questões internas de cada país. As relações internacionais também têm um peso importante na explicação das ditaduras.
O apoio do Brasil foi decisivo para a longa permanência do general Alfredo Stroessner na presidência do Paraguai. Stroessner governou o Paraguai entre 1954 e 1989, naquela que foi uma das ditaduras mais longas da América Latina.
Desde os governos de Juscelino Kubitschek (1956-1961) e João Goulart (1961-1964), o Brasil já estreitava relações políticas e econômicas com Stroessner. Após o golpe cívico-militar de 1964 no Brasil, as relações entre os dois países aumentaram ainda mais.
Um dos principais exemplos do apoio do Brasil à ditadura Stroessner pode ser visto na construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu pelos dois países. O governo brasileiro liberou créditos vultosos ao Paraguai na época da construção da usina e a obra foi usada pela ditadura Stroessner para demonstrar a “modernização” que os paraguaios estariam vivendo. No entanto, até hoje o Paraguai sofre as consequências do endividamento contraído naquele período.
No vídeo a seguir vemos a chegada de Stroessner a uma visita ao Brasil, quando o país era governado pelo general Emílio Garrastazu Médici (1969-1974). A cerimônia e os discursos indicam a proximidade que existia entre os dois governos no período. Em 1973, durante o governo Médici, o Brasil e o Paraguai assinaram o tratado que oficializou a criação de Itaipu.



No próximo vídeo vemos mais imagens relacionadas a essa proximidade entre Médici e Stroessner.



Prof. Paulo Renato da Silva.

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