Pular para o conteúdo principal

O momento do golpe nas ditaduras latino-americanas – Cone Sul

As ditaduras militares na América Latina tiveram semelhanças e diferenças cuja observação pode nos levar a variadas reflexões. Neste post, pensaremos as formas como a democracia foi derrubada no continente através de alguns registros históricos.
Começamos pelo Paraguai, onde Alfredo Stroessner, que havia derrubado o presidente Federico Chávez em 4 de maio de 1954, concorreu como candidato único do Partido Colorado às eleições de julho de 1954. Stroessner seria “reeleito” sete vezes. A reportagem abaixo contém cenas da posse de Stroessner, recuperando filme de época voltado a promover Stroessner e seu regime (destaque-se a presença do então presidente argentino Juan Domingo Perón na posse):



No Brasil, o presidente João Goulart foi deposto quando o senador Auro de Moura Andrade, então presidente do Congresso Nacional, declarou vaga a presidência da República em 1º de abril de 1964, alegando que Jango havia saído do país (o presidente se encontrava, todavia, em território nacional no momento da declaração do senador):


No Chile, a deposição do governo democraticamente eleito do presidente Salvador Allende foi mais violenta e dramática: envolveu um cerco e ataque militar ao Palácio de La Moneda, em 11 de setembro de 1973, concluído com a morte de Allende. O vídeo abaixo mostra o desenrolar dos acontecimentos:


No Uruguai, o golpe partiu do presidente Juan Maria Bordaberry, eleito em novembro de 1971. Em 27 de junho de 1973, Bordaberry, com apoio das Forças Armadas, dissolveu o Senado e a Câmara dos Representantes, e instituiu Conselho de Estado, como mostra o vídeo abaixo:


Na Argentina, o golpe que depôs a presidenta María Estela Martínez de Perón teve lugar em 24 de março de 1976 (havendo completado 40 anos neste 2016), e ocorreu a partir da detenção da presidenta pelos militares. Abaixo, o registro do anúncio à população argentina de que as Forças Armadas haviam tomado o poder:



Prof. Pedro Afonso Cristovão dos Santos

Postagens mais visitadas deste blog

A perspectiva na pintura renascentista.

Outra característica da pintura renascentista é o aprimoramento da perspectiva. Vejamos como a Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais se refere ao tema: “Técnica de representação do espaço tridimensional numa superfície plana, de modo que a imagem obtida se aproxime daquela que se apresenta à visão. Na história da arte, o termo é empregado de modo geral para designar os mais variados tipos de representação da profundidade espacial. Os desenvolvimentos da ótica acompanham a Antigüidade e a Idade Média, ainda que eles não se apliquem, nesses contextos, à representação artística. É no   renascimento   que a pesquisa científica da visão dá lugar a uma ciência da representação, alterando de modo radical o desenho, a pintura e a arquitetura. As conquistas da geometria e da ótica ensinam a projetar objetos em profundidade pela convergência de linhas aparentemente paralelas em um único ponto de fuga. A perspectiva, matematicamente fundamentada, desenvolve-se na Itália dos séculos XV e

"Progresso Americano" (1872), de John Gast.

Progresso Americano (1872), de John Gast, é uma alegoria do “Destino Manifesto”. A obra representa bem o papel que parte da sociedade norte-americana acredita ter no mundo, o de levar a “democracia” e o “progresso” para outros povos, o que foi e ainda é usado para justificar interferências e invasões dos Estados Unidos em outros países. Na pintura, existe um contraste entre “luz” e “sombra”. A “luz” é representada por elementos como o telégrafo, a navegação, o trem, o comércio, a agricultura e a propriedade privada (como indica a pequena cerca em torno da plantação, no canto inferior direito). A “sombra”, por sua vez, é relacionada aos indígenas e animais selvagens. O quadro “se movimenta” da direita para a esquerda do observador, uma clara referência à “Marcha para o Oeste” que marcou os Estados Unidos no século XIX. Prof. Paulo Renato da Silva. Professores em greve!