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Mostrando postagens de novembro, 2015

"El Árbol del Jardín Botánico" (1971), de Ignacio Nuñez Soler.

Fonte: Portal Guaraní. Prof. Paulo Renato da Silva.

"Mujeres Trabajadoras al Amanecer" (1970), de Ignacio Nuñez Soler.

Fonte: Portal Guaraní. As mulheres têm uma particular importância na história do Paraguai. Devido ao elevado número de soldados mortos durante a Guerra da Tríplice Aliança, o Paraguai chegou a ser conhecido como "o país das mulheres". Na III Jornada de Reflexión: Paraguay / Territorios, fronteras y guerras. Sobre todo, Curuguaty , realizada em Los Polvorines, Argentina, entre os dias 19 e 21 de novembro deste ano, Rocco Carbone defendeu que o Paraguai, após a guerra, se tornou um país "de mulheres". Com essa diferença, Carbone lembra que o empoderamento das mulheres não ocorreu logo após a guerra e que se trata de um processo ainda inicial no país. Prof. Paulo Renato da Silva.

"Rafael Barret dando una conferencia en el Teatro Municipal" (1970).

Fonte: Portal Guaraní. Nesta pintura, Ignacio Nuñez Soler representa o anarquista espanhol Rafael Barret, que viveu no Paraguai no início do século XX. Barret escreveu El Dolor Paraguayo , um dos livros mais importantes sobre o país. Prof. Paulo Renato da Silva.

Ignacio Nuñez Soler.

Hoje começamos a programação especial de férias do blog. Artes plásticas, cinema, literatura e música marcarão os próximos 3 meses. Não deixem de acompanhar e de divulgar o blog. E aproveitem o período para lerem as postagens que vocês não leram durante o semestre. Iniciamos a programação especial de férias com uma série sobre o pintor paraguaio Ignacio Nuñez Soler (1891-1983), ainda pouco conhecido fora do país.  O objetivo é divulgar algumas de suas obras mais representativas e estimular o interesse pela obra do pintor.  Começamos com Manifestación Obrera (1960): Fonte: Portal Guaraní. Prof. Paulo Renato da Silva.

Migrantes em Foz do Iguaçu.

No último post da nossa série especial sobre migrações trazemos os resultados da Jornada Fotográfica “Migrações em Foz do Iguaçu”, atividade relacionada à disciplina de Estudos Culturais, do curso de Antropologia da UNILA, realizada no dia 11 de novembro de 2015. O objetivo da Jornada foi retratar a presença de migrantes (nacionais ou internacionais) na região central da cidade de Foz do Iguaçu.  As fotos feitas pelos estudantes Bruno Lujan, Gianluca Puls, Lorena Castellanos e Lucila Hornos, e pelos professores Júlio Moreira e Mirian Oliveira mostraram a presença de imigrantes no comércio e aspectos da circulação transfronteiriça em Foz do Iguaçu. Selecionamos alguns exemplos dos registros feitos durante a caminhada, começando pelo comércio. A presença de imigrantes originários do Oriente Médio, e do Sul e Leste da Ásia pode ser vista em vários estabelecimentos no centro: Foto: Lucila Hornos e Gianluca Puls. Foto: Mirian Oliveira. Arguiles à venda no Mercado Elite.

Interconexões.

No penúltimo post da nossa série, abordaremos alguns aspectos das transformações culturais motivadas pelo contato entre populações de origens distintas. Nossa primeira indicação é o programa da TV Brasil chamado Nova África. No episódio “Gastronomia africana”, a culinária do continente é retratada a partir do Benin, revelando os contatos interculturais entre Brasil e África. Um ponto interessante do documentário é a influência dos hábitos alimentares brasileiros no Benin, propiciada pela migração de escravos libertos ao país, pois estamos acostumados a pensar somente na contribuição africana à cozinha brasileira. As mudanças que as migrações provocam nas culturas nacionais foram representadas simbolicamente na instalação “World Flag Ant Farm” (1990), do artista japonês Yukinori Yanagi. A obra retrata diversas bandeiras nacionais desenhadas em caixas de areia interligadas, formando uma fazenda de formigas. À medida em que as formigas vão se deslocando, acabam por alterar o dese

Exílio.

Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. (...) Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que disfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.  Canção do Exílio , Gonçalves Dias (1847) Entre as motivações para a migração se encontra a instabilidade política nas sociedades de origem. Esta instabilidade leva pessoas a saírem forçadamente ou por escolha própria de seus países. Embora não trate especificamente de exílio político, a Canção do Exílio de Gonçalves Dias (1847), da qual transcrevemos acima a primeira e a última estrofe, expressa o sentimento das pessoas vivendo fora de seus países, e que por diversas razões não podem a ele retornar. Na história contemporânea da América Latina, as ditaduras civil-militares motivaram o exílio de militantes políticos, artistas e escritores, por exemplo, e essa experiência foi retratada em l

Diáspora.

O processo de dispersão de um povo ao longo do tempo é conhecido como diáspora. Exemplos clássicos de deslocamentos traumáticos de populações humanas são a diáspora judaica e a africana. Atualmente, a utilização do conceito se flexibilizou. Pode ser aplicado a migrações voluntárias (isto é, não traumáticas), e a casos de autodenominação, geralmente com a intenção de reforçar a manutenção de vínculos com a terra de origem e/ou com os demais membros da comunidade diaspórica (por exemplo, a diáspora hindu). À semelhança das travessias e migrações irregulares de que falamos no último post, as diásporas também serviram de tema para diversas manifestações artísticas. Na música, Bob Marley sintetiza a experiência da diáspora africana na canção “Redemption Song”: Também no espaço do Caribe anglófono, o romance A pequena ilha , de Andrea Levy, trata da experiência de migração dos jamaicanos ao Reino Unido no período imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial. Este processo pode

Migrações irregulares.

Na terminologia das ciências sociais, os termos “ilegal” ou “clandestino” são considerados inapropriados. Todos os seres humanos têm o direito de migrar, de ir e vir, e, portanto, não deveriam ser classificados como ilegais ou clandestinos. Sua situação pode ser irregular do ponto de vista de um determinado sistema jurídico nacional, mas ninguém é ilegal. Além da dimensão político-jurídica, as migrações possuem uma dimensão afetiva. Muitas vezes, as artes conseguem captar esta dimensão e revelar aspectos dos deslocamentos humanos igualmente importantes, como as dificuldades do deslocamento até a fronteira e sua posterior travessia fora dos trâmites legais, e a vivência da discriminação nos países de destino. Neste sentido, dentro de nossa série especial sobre migrações, apresentaremos indicações de filmes e músicas relacionados a esta temática. Na América Latina, a travessia da fronteira entre México e Estados Unidos, além de ser bastante estudada academicamente, é tema de muitas