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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

CineDebate História 2013.

Na próxima quarta, dia 6, às 19h00min, na Sala de Cinema da UNILA Centro será retomado o projeto de extensão CineDebate História. Serão exibidos os curtas  Greve!  (1979/37 min) de João Batista de Andrade e  O Dia em que Dorival Encarou a Guarda  (1986/15 min) de Jorge Furtado e José Pedro Goulart. A sessão contará com a participação especial da profa. Barbara Maisonnave Arisi (Antropologia/UNILA) e do prof. Estevao de Pinho Garcia (Cinema/UNILA). Dentre os assuntos a serem discutidos estão a linguagem dos curta-metragens e a representação da ditadura militar no cinema brasileiro. Greve! O Dia em que Dorival Encarou a Guarda Não percam e ajudem a divulgar! Prof. Paulo Renato da Silva.

Arte e História da Arte.

Iniciamos uma série - longa - de postagens sobre arte e História da arte. Vamos nos concentrar nas artes plásticas. A seguir, o historiador Jorge Coli, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), apresenta uma breve definição do que seria arte. Coli destaca que o valor de uma obra de arte não existe apenas na obra em si, mas também é atribuído por instituições que definem o que seria - e o que não seria - arte: “Dizer o que seja a arte é coisa difícil. (…). [Mas] (…), mesmo sem possuirmos uma definição clara e lógica do conceito, somos capazes de identificar algumas produções da cultura em que vivemos como sendo “arte” (a palavra cultura é empregada não no sentido de um aprimoramento individual do espírito, mas do “conjunto complexo dos padrões de comportamento, das crenças, instituições e outros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade”, para darmos a palavra ao  Novo Aurélio ). Além disso, a nossa atitude diante da idéia “a

Obra completa de Mariátegui.

A obra completa do marxista peruano José Carlos Mariátegui (1894-1930) pode ser consultada no link < www.patriaroja.org.pe/docs_adic/obras_mariategui/index.htm >. Dentre outras contribuições, Mariátegui recriou o marxismo a partir das particularidades peruanas e latino-americanas. Prof. Paulo Renato da Silva.

Sátira - e dramas - do comunismo romeno.

O filme romeno Contos da Era Dourada (2009) retrata histórias do período de Nicolae Ceausescu (1918-1989), que governou a Romênia entre 1967 e 1989.  A queda do comunismo na Romênia foi uma das mais conturbadas do leste europeu. Ceausescu foi condenado à morte por diversos crimes, dentre eles o de genocídio. A seguir, uma das histórias do filme, O Conto do Fotógrafo Oficial : Prof. Paulo Renato da Silva.

A morte de Oviedo e as eleições paraguaias.

O programa Sem Fronteiras  desta semana, do canal pago Globonews, enfocou a morte do ex-general e senador paraguaio Lino Oviedo (1943-2013) e as eleições presidenciais de abril no país. O programa pode ser visto no link < http://g1.globo.com/globo-news/sem-fronteiras/videos/t/todos-os-videos/v/morte-de-lino-oviedo-causa-ambiente-de-duvidas-na-politica-paraguaia/2393696/ >. Prof. Paulo Renato da Silva.

Stroessner, 24 anos depois: vítimas da ditadura.

Milhares foram os paraguaios afetados direta ou indiretamente pela repressão da ditadura Stroessner. Encerramos essa série de postagens sobre o stronismo destacando uma das facetas dessa repressão, a que recaiu sobre as mulheres. A seguir, destacamos cinco paraguaias que lutaram não somente contra Stroessner, mas contra as ditaduras na América Latina. Essas mulheres foram lembradas em um calendário de 2008 produzido pela Coordinadora de Derechos Humanos del Paraguay (CODEHUPY), pelo Comité de Iglesias para Ayudas de Emergencia (CIPAE), pelo Servicio Paz y Justicia Paraguay (SERPAJ - PY) e pela Coordinadora de Luchadoras, Luchadores y Víctimas de la Dictadura. As informações a seguir foram retiradas do calendário: Soledad Barrett Desaparecida el 8 de enero de 1973 Asesinada/desaparecida durante la represión ocurrida en “Chacara de Sao Bento”, en Pernambuco, Brasil. Pertenecía a la organización armada Vanguardia Popular Revolucionaria (VPR). Hija del dirigente comunista

Stroessner, 24 anos depois: o apoio do Brasil.

Stroessner e o presidente do Brasil Juscelino Kubitschek. (Disponível em: < http://www1.folha.uol.com.br/folha/galeria/album/p_20060816-alfredo_stroessner-03.shtml >. Acesso em: 7 fev. 2012). O Brasil também colaborou profundamente para manter Stroessner no governo paraguaio por mais de três décadas (1954-1989). Antes de Stroessner, o presidente brasileiro Getúlio Vargas (1930-1945; 1951-1954) já tinha iniciado uma aproximação com o Paraguai. O Brasil pretendia conquistar o mercado do país e, assim, diminuir o poder que a Argentina tinha no Paraguai. Na ditadura Stroessner essa aproximação aumentou. O Estado brasileiro, durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), construiu a Ponte da Amizade. No governo de João Goulart (1961-1964) começou a ganhar força a ideia de uma hidrelétrica entre os dois países, o que foi consolidado anos depois pela ditadura militar brasileira (1964-1985) com Itaipu. No governo Goulart também foram intensificadas políticas cultura

Stroessner, 24 anos depois: os usos da história e do nacionalismo.

  Moeda de 1987 aproxima Caballero e Stroessner. (Disponível em: < http://colnect.com/es/coins/coin/30993-10000_Guaranies_Caballero_and_Stroessner-Conmemorativas-Paraguay >. Acesso em: 6 fev. 2013). “El régimen de Stroessner utilizó hábilmente el discurso de la identidad nacional para realzar su legitimidad. (…). Esto se repitió a través de un sistema público de educación altamente centralizado (en materias como Historia, Geografia e Instrucción Cívica), en la literatura, en la prensa (Patria y La Voz del Coloradismo) y en la cultura popular, a través de historias, imágenes, paisajes, símbolos y rituales. Más importante aún, el Partido Colorado, las Fuerzas Armadas y, sobre todo, el propio Stroessner estuvieron incluidos en la narrativa, como una continuación de la línea histórica de los héroes nacionalistas. Stroessner fue retratado como el sucesor natural del más importante líder militar de la etapa nacionalista, el presidente Francisco Solano López. También era pr

Stroessner, 24 anos depois: o apoio norte-americano.

Assunção, 1958: Stroessner e o então vice-presidente dos Estados Unidos Richard Nixon (Disponível em: < http://asunciondeantes.wordpress.com/tag/stroessner/ >. Acesso em: 5 fev. 2013). A exemplo de outras ditaduras na América Latina, a de Stroessner também contou com o apoio dos Estados Unidos. No entanto, Stroessner foi um dos mais favorecidos por esse apoio, dentre outros motivos, pela posição geográfica estratégica do país, no "centro" da América do Sul, o que permitia acompanhar melhor as atividades políticas desenvolvidas no continente pelos que se opunham aos governos militares: “Días después del golpe de mayo de 1954 que derrocó a Chaves, Stroessner viajó a Lima, donde se reunió con los jefes del Comando Estratégico de los EEUU. Desde entonces, dicho gobierno tuvo un rol central en el mantenimiento del régimen durante su fase de consolidación, a cambio de su postura anticomunista en el fragor de la Guerra Fría. Entre 1954 y 1960, Paraguay se convirtió

Stroessner, 24 anos depois: o culto ao ditador.

Moeda paraguaia de 1972 (Disponível em: < http://colnect.com/es/coins/coin/24027-1500_Guaranies_General_Alfredo_Stroessner-Conmemorativas-Paraguay >. Acesso em: 4 fev. 2013). Além da “fachada democrática” e do apoio das Forças Armadas e do Partido Colorado, que se aproximaram no período, a ditadura Stroessner foi sustentada por um culto à personalidade do ditador: “A pesar de no tener un carácter carismático, a lo largo de su régimen se edificó un fuerte culto a su personalidad. Esto se manifestó de varias maneras: el uso de su nombre para una ciudad, Puerto Presidente Stroessner [atual Ciudad del Este], y de efificios públicos; el despliegue de su fotografía en todas las oficinas públicas; la peregrinación anual a la residencia presidencial de miles de acólitos en el día de su cumpleaños (3 de noviembre); y el uso extensivo de la propaganda en los medios que lo alababan hasta el exceso. De cualquier manera, Stroessner no conformó la imagen estereotipada del caudillo

Stroessner, 24 anos depois: o apoio do Partido Colorado e das Forças Armadas.

Além da “fachada democrática”, outros dois pilares do stronismo foram o Partido Colorado e as Forças Armadas. Desenvolveu-se uma estreita relação entre o partido e os militares: “El primer pilar del régimen fue el Partido Colorado, profundamente remodelado por Stroessner. De ser un partido tradicionalista y clientelista, desgarrado por discordias internas y dividido por caudillos, se convirtió en una máquina política jerárquica que ofrecía lealtad indiscutida a Stroessner. (...). Los incondicionales al partido en cada localidad, conocidos como pyrague , (...) cumplian un rol de seguridad al ejercer la vigilancia sobre las actividades, reales o imaginadas, de la oposición política a nivel local. (...). (...). La afiliación al partido fue obligatoria para los funcionarios públicos, a los que se les descontaban aportes obligatorios de sus salarios para financiar Patria , el diario del partido. La pertenencia al partido era también obligatoria para los maestros, médicos y la mayoría

Stroessner, 24 anos depois: a “fachada democrática”.

Amanhã faz 24 anos que caiu Alfredo Stroessner (1912-2006), o ditador que governou o Paraguai entre 1954 e 1989. Foi uma das ditaduras mais longas da história. Hoje o blog inicia uma série de postagens sobre esse período da história paraguaia. O que manteve Stroessner tanto tempo no poder? Uma das explicações é a sua “fachada democrática”: Stroessner "vota" nas eleições de 1960 para o Legislativo. “Contrariamente a otros regímenes militares en América Latina, el de Stroessner mantuvo una fachada de vida democrática, en la forma de un sistema parlamentario que incluía a varios partidos políticos y repetidas elecciones fraudulentas. Esta fachada, que llevó a Francisco Delich a referirse al régimen como una forma de “despotismo republicano”, era un eslabón importante de su estrategia de legitimación, tanto en la arena doméstica como en la internacional. A lo largo del stronato, la supuesta legalidad de las acciones del régimen y sus estructuras pretendidamente democr