Pular para o conteúdo principal

Stroessner, 24 anos depois: o apoio norte-americano.

Assunção, 1958: Stroessner e o então vice-presidente dos Estados Unidos Richard Nixon
(Disponível em: <http://asunciondeantes.wordpress.com/tag/stroessner/>. Acesso em: 5 fev. 2013).

A exemplo de outras ditaduras na América Latina, a de Stroessner também contou com o apoio dos Estados Unidos. No entanto, Stroessner foi um dos mais favorecidos por esse apoio, dentre outros motivos, pela posição geográfica estratégica do país, no "centro" da América do Sul, o que permitia acompanhar melhor as atividades políticas desenvolvidas no continente pelos que se opunham aos governos militares:
“Días después del golpe de mayo de 1954 que derrocó a Chaves, Stroessner viajó a Lima, donde se reunió con los jefes del Comando Estratégico de los EEUU. Desde entonces, dicho gobierno tuvo un rol central en el mantenimiento del régimen durante su fase de consolidación, a cambio de su postura anticomunista en el fragor de la Guerra Fría. Entre 1954 y 1960, Paraguay se convirtió en el tercer destinatario de la ayuda norteamericana en Latinoamérica bajo el programa Alianza para el Progreso. Sin embargo, los Estados Unidos hicieron la “vista gorda” al hecho de que gran parte de esta ayuda se desvió, como resultado de la corrupción desenfrenada. Por ejemplo, aunque la construcción de caminos se anunció como uno de los mayores logros, solamente se pavimentaron 12 kilómetros anuales entre 1954 y 1968.
Los Estados Unidos también fueron cómplices en el establecimiento de una unidad de inteligencia contrainsurgente especializada dentro de la polícia paraguaya. Como parte de un programa técnico asistencial de la USAID (en español, Agencia de Estados Unidos para el Desarrollo Internacional), aparentemente dirigido a la reforma de la administración pública, entre 1956 y 1958, el coronel norteamericano Robert Thierry organizó la Dirección Nacional de Asuntos Técnicos (DNAT). Bajo la etiqueta de “lucha contra el comunismo”, la “Técnica”, tal como era conocida, estableció uma red extensiva de informantes de la polícia y pasó a ser el principal centro de tortura de los detenidos políticos a lo largo del stronato.” (NICKSON, 2010, p. 288).
Referência bibliográfica:
NICKSON, Andrew. El régimen de Stroessner (1954-1989). In: TELESCA, Ignacio (Org.). Historia del Paraguay. Assunção: Taurus, 2010.
Prof. Paulo Renato da Silva.

Postagens mais visitadas deste blog

A perspectiva na pintura renascentista.

Outra característica da pintura renascentista é o aprimoramento da perspectiva. Vejamos como a Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais se refere ao tema: “Técnica de representação do espaço tridimensional numa superfície plana, de modo que a imagem obtida se aproxime daquela que se apresenta à visão. Na história da arte, o termo é empregado de modo geral para designar os mais variados tipos de representação da profundidade espacial. Os desenvolvimentos da ótica acompanham a Antigüidade e a Idade Média, ainda que eles não se apliquem, nesses contextos, à representação artística. É no   renascimento   que a pesquisa científica da visão dá lugar a uma ciência da representação, alterando de modo radical o desenho, a pintura e a arquitetura. As conquistas da geometria e da ótica ensinam a projetar objetos em profundidade pela convergência de linhas aparentemente paralelas em um único ponto de fuga. A perspectiva, matematicamente fundamentada, desenvolve-se na Itália dos séculos XV e

"Progresso Americano" (1872), de John Gast.

Progresso Americano (1872), de John Gast, é uma alegoria do “Destino Manifesto”. A obra representa bem o papel que parte da sociedade norte-americana acredita ter no mundo, o de levar a “democracia” e o “progresso” para outros povos, o que foi e ainda é usado para justificar interferências e invasões dos Estados Unidos em outros países. Na pintura, existe um contraste entre “luz” e “sombra”. A “luz” é representada por elementos como o telégrafo, a navegação, o trem, o comércio, a agricultura e a propriedade privada (como indica a pequena cerca em torno da plantação, no canto inferior direito). A “sombra”, por sua vez, é relacionada aos indígenas e animais selvagens. O quadro “se movimenta” da direita para a esquerda do observador, uma clara referência à “Marcha para o Oeste” que marcou os Estados Unidos no século XIX. Prof. Paulo Renato da Silva. Professores em greve!