Pular para o conteúdo principal

Stroessner, 24 anos depois: o apoio do Brasil.


Stroessner e o presidente do Brasil Juscelino Kubitschek.

O Brasil também colaborou profundamente para manter Stroessner no governo paraguaio por mais de três décadas (1954-1989).
Antes de Stroessner, o presidente brasileiro Getúlio Vargas (1930-1945; 1951-1954) já tinha iniciado uma aproximação com o Paraguai. O Brasil pretendia conquistar o mercado do país e, assim, diminuir o poder que a Argentina tinha no Paraguai.
Na ditadura Stroessner essa aproximação aumentou. O Estado brasileiro, durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), construiu a Ponte da Amizade. No governo de João Goulart (1961-1964) começou a ganhar força a ideia de uma hidrelétrica entre os dois países, o que foi consolidado anos depois pela ditadura militar brasileira (1964-1985) com Itaipu. No governo Goulart também foram intensificadas políticas culturais e educacionais que o Brasil já tinha no Paraguai, como a realização de exposições. Assim, vale destacar que Kubitschek e Goulart, dois presidentes “democráticos”, apoiaram a consolidação da ditadura Stroessner. As obras e as políticas culturais e educacionais ajudaram a dar um ar de “modernidade” à ditadura paraguaia.
A construção de Itaipu, durante a ditadura militar brasileira, consolidou o apoio a Stroessner. A construção da hidrelétrica garantiu anos de crescimento econômico ao Paraguai, o que foi usado pela propaganda da ditadura como um sinal do “progresso” que Stroessner estaria garantindo ao país.
Prof. Paulo Renato da Silva.

Postagens mais visitadas deste blog

A perspectiva na pintura renascentista.

Outra característica da pintura renascentista é o aprimoramento da perspectiva. Vejamos como a Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais se refere ao tema: “Técnica de representação do espaço tridimensional numa superfície plana, de modo que a imagem obtida se aproxime daquela que se apresenta à visão. Na história da arte, o termo é empregado de modo geral para designar os mais variados tipos de representação da profundidade espacial. Os desenvolvimentos da ótica acompanham a Antigüidade e a Idade Média, ainda que eles não se apliquem, nesses contextos, à representação artística. É no   renascimento   que a pesquisa científica da visão dá lugar a uma ciência da representação, alterando de modo radical o desenho, a pintura e a arquitetura. As conquistas da geometria e da ótica ensinam a projetar objetos em profundidade pela convergência de linhas aparentemente paralelas em um único ponto de fuga. A perspectiva, matematicamente fundamentada, desenvolve-se na Itália dos séculos XV e

"Progresso Americano" (1872), de John Gast.

Progresso Americano (1872), de John Gast, é uma alegoria do “Destino Manifesto”. A obra representa bem o papel que parte da sociedade norte-americana acredita ter no mundo, o de levar a “democracia” e o “progresso” para outros povos, o que foi e ainda é usado para justificar interferências e invasões dos Estados Unidos em outros países. Na pintura, existe um contraste entre “luz” e “sombra”. A “luz” é representada por elementos como o telégrafo, a navegação, o trem, o comércio, a agricultura e a propriedade privada (como indica a pequena cerca em torno da plantação, no canto inferior direito). A “sombra”, por sua vez, é relacionada aos indígenas e animais selvagens. O quadro “se movimenta” da direita para a esquerda do observador, uma clara referência à “Marcha para o Oeste” que marcou os Estados Unidos no século XIX. Prof. Paulo Renato da Silva. Professores em greve!