Comentamos, no post “A formação e preservação de arquivos e a escrita da história”, projeto de lei no Brasil que prevê a destruição de documentos após sua digitalização. A proposta sugere noção de segurança a respeito dos arquivos digitais que, no entanto, ainda está longe de ser realidade. O registro em forma digital não possui, por ora, a garantia de longevidade que poderíamos esperar. Incêndios, roubos, deterioração, podem destruir papéis e documentos físicos; mas outros tipos de perigo cercam os documentos digitais, e sua preservação para o futuro permanece questão complexa para arquivistas e historiadores. Os arquivos digitalizados e os arquivos já “nascidos” digitais, como e-mails, vêm colocando problemas a esses especialistas quanto à sua preservação desde os anos 1980 e 1990. A fragilidade desses registros se destaca: um livro antigo pode ter uma parte danificada (algumas páginas, por exemplo), enquanto arquivos digitais, em muitos casos, quando são danificados, se perdem po...