El
Caimán Barbudo surgiu
no ano de 1966, como encarte dentro do jornal Juventud Rebelde. O encarte tinha como objetivo mostrar a
capacidade intelectual existente dentro dos novos escritores dos anos 50 em
diante em Cuba, ou seja, o que o diretor Jesús Díaz realmente queria era que a
juventude intelectual começasse a se desprender dos escritores mais antigos,
como é o exemplo de José Martí.
El
Caimán Barbudo teve suas crises logo no início, pois no primeiro ano Jesús
Díaz teve que abandonar a direção do suplemento devido a artigos polêmicos, principalmente
artigos de Herberto Padilla. A saída de Jesús Díaz deu origem à segunda fase do
suplemento, quando se intensifica o controle da União de Jovens Comunistas sobre
o jornal Juventud Rebelde.
A Revolução começou a se fixar em Cuba e a
partir de então começava uma grande discussão para definir como seriam as obras
revolucionárias, escolhas essas não somente de tema, mas também de linguagem,
como se evidenciou no segundo concurso literário da UNEAC (União de Escritores
e Artistas de Cuba), realizado em 1966. Em uma entrevista para El Caimán Barbudo, José Agustín
Goytisolo, um dos jurados do concurso, afirmava que Cuba tinha dois lados
quando se referia à poesia: de um lado, os defensores da arte prioritariamente
educativa, dogmática, defensora do realismo socialista; do outro, os defensores
de uma arte engajada, mas aberta à criatividade de escritores e artistas.
Bibliografia consultada:
MISKULIN, Silvia Cezar. Os Intelectuais Cubanos e a Política Cultural da Revolução (1961-1975). São Paulo: Alameda, 2009.
Mayck Pereira de Araújo - estudante do curso de História - América Latina da UNILA.