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Poema Anônimo de Tlatelolco (1528) sobre a Conquista do México.

“Nos caminhos jazem lanças quebradas,
Os cabelos estão espalhados.
Destelhadas estão as casas,
Ensangüentados têm seus muros.

Vermes pululam por ruas e praças,
e as paredes estão salpicadas de miolos.
Vermelhas estão as águas, como se fossem tingidas,
e quando as bebemos,
é como se bebêssemos água de salitre.

Batíamos, insistentes, nos muros de adobe,
e era nossa herança uma rede de buracos.
Os escudos foram a sua proteção,
mas nem com os escudos pôde ser impedida a solidão...”
(Apud LEÓN-PORTILLA, Miguel. A Visão dos Vencidos: a tragédia da conquista narrada pelos astecas. Porto Alegre: L&PM, 1985. p. 15).
Prof. Paulo Renato da Silva.

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