Continuamos com Georges Duby. No trecho a seguir, Duby fala sobre a escrita, sobre a sua própria escrita, o que não seria uma tarefa simples para os historiadores. A escrita exige planejamento, exige que seja traçado um percurso a ser seguido. Entretanto, esse “mapa” não deve ser seguido à risca, a escrita sempre deve estar aberta aos novos caminhos que a pesquisa pode nos apresentar a qualquer momento. A escrita tampouco pode ignorar as incertezas que nos cercam, pois a pesquisa nunca responde todas as perguntas. Pelo contrário, costuma colocar várias outras em nossa cabeça. Finalmente, como Duby frisa bem, a escrita deve buscar o “calor” das ações humanas que pesquisamos, “calor” este que, evidentemente, não existe mais, daí ser um grande desafio. Duby também aborda um ponto que é bastante debatido e ressalta que o passado é uma construção marcada, dentre outros fatores, pelo presente, pelo historiador que o constrói e pelas lacunas deixadas pelas fontes. Contudo, seria uma con...