Pular para o conteúdo principal

Stroessner e a “democracia sem comunismo” no Paraguai

O general Alfredo Stroessner governou o Paraguai entre 1954 e 1989. Foi uma das ditaduras mais longas da América Latina.
Para permanecer no poder, Stroessner perseguia e censurava opositores. Foi um período marcado por ameaças, prisões, torturas, desaparecimentos e exílios.
Além disso, para conseguir aliados, Stroessner distribuía terras do Estado, cargos públicos e outros favores, principalmente entre militares e outros membros do Partido Colorado ao qual pertencia. Dentre esses favores estava a “vista grossa” para o contrabando e o tráfico de drogas e armas.
Mas a ditadura também usou outros instrumentos para se manter no poder. A propaganda de Stroessner, por exemplo, dava “ares de democracia” para a ditadura. Na imprensa e outras publicações do período é possível encontrar várias fotos do ditador “junto” ao povo, como se não existissem barreiras entre o governante e os governados.
Stroessner foi candidato único nas eleições presidenciais de 1954 e 1958. Porém, a greve geral e outras manifestações que marcaram 1958 no Paraguai fizeram a ditadura simular uma abertura política. A partir das eleições de 1963 foi permitida a participação de partidos opositores, o que ajudou a sustentar a imagem “democrática” forjada pela propaganda stronista. No entanto, essas eleições eram fraudulentas e os comunistas não podiam participar.

Imagem mostra Stroessner saudando um homem no meio de uma multidão (MORENO, 1966, p. 107).

Referências bibliográficas.
MORENO, Augusto. La Época de Alfredo Stroessner: valoración política, histórica y filosófica. Asunción: Comuneros, 1966.

Prof. Paulo Renato da Silva.
Profa. Rosangela de Jesus Silva.

Postagens mais visitadas deste blog

A perspectiva na pintura renascentista.

Outra característica da pintura renascentista é o aprimoramento da perspectiva. Vejamos como a Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais se refere ao tema: “Técnica de representação do espaço tridimensional numa superfície plana, de modo que a imagem obtida se aproxime daquela que se apresenta à visão. Na história da arte, o termo é empregado de modo geral para designar os mais variados tipos de representação da profundidade espacial. Os desenvolvimentos da ótica acompanham a Antigüidade e a Idade Média, ainda que eles não se apliquem, nesses contextos, à representação artística. É no   renascimento   que a pesquisa científica da visão dá lugar a uma ciência da representação, alterando de modo radical o desenho, a pintura e a arquitetura. As conquistas da geometria e da ótica ensinam a projetar objetos em profundidade pela convergência de linhas aparentemente paralelas em um único ponto de fuga. A perspectiva, matematicamente fundamentada, desenvolve-se na Itália dos séculos XV e

"Progresso Americano" (1872), de John Gast.

Progresso Americano (1872), de John Gast, é uma alegoria do “Destino Manifesto”. A obra representa bem o papel que parte da sociedade norte-americana acredita ter no mundo, o de levar a “democracia” e o “progresso” para outros povos, o que foi e ainda é usado para justificar interferências e invasões dos Estados Unidos em outros países. Na pintura, existe um contraste entre “luz” e “sombra”. A “luz” é representada por elementos como o telégrafo, a navegação, o trem, o comércio, a agricultura e a propriedade privada (como indica a pequena cerca em torno da plantação, no canto inferior direito). A “sombra”, por sua vez, é relacionada aos indígenas e animais selvagens. O quadro “se movimenta” da direita para a esquerda do observador, uma clara referência à “Marcha para o Oeste” que marcou os Estados Unidos no século XIX. Prof. Paulo Renato da Silva. Professores em greve!