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Jogos Olímpicos modernos: breve percurso histórico por alguns momentos desde sua criação. (Parte II)

Na postagem anterior abordamos o surgimento dos Jogos Olímpicos Modernos e nos propomos a observar episódios históricos que modificaram a organização dos Jogos a partir do texto da professora e pesquisadora Katia Rubio. Se você chegou até aqui e não teve acesso a primeira parte sugerimos a leitura. Disponível em: https://unilahistoria.blogspot.com/2024/08/jogos-olimpicos-modernos-breve-percurso.html Seguimos com o texto.

Jogos Olímpicos de Berlin, 1936. Disponível em: https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2021/07/a-brutal-historia-das-olimpiadas-populares-de-1936-um-boicote-ao-fascismo-e-a-hitler

A fase de afirmação, de 1920 a 1936, começa meses após o fim da Primeira Guerra Mundial, marcando pela primeira vez uma pausa no calendário olímpico. A edição sediada pela Bélgica marca "o primeiro boicote da história dos jogos olímpicos" (RUBIO, 2010, p. 59). Áustria, Hungria, Bulgária, Polônia e Rússia não disputaram por conta da participação da Alemanha. As novidades dos Jogos na Bélgica foram: a primeira vez que a bandeira olímpica de cinco anéis foi hasteada, "representando os continentes, uma vez que pelo menos uma dessas cores faz parte de todas as bandeiras nacionais, o hino olímpico, assim como o juramento do atleta e dos juízes em respeito ao regulamento. "O fair-play (jogo justo, equidade, tratamento imparcial) estava formalizado (RUBIO, 2010, p. 59). Nesse momento os jogos já haviam superado a "condição de uma aventura de nobres e aristocratas", se convertendo em um evento internacional importante, principalmente por ter sobrevivido ao período entre guerras e ser um palco de exposições de conflitos internacionais, devido ao boicote. As restrições impostas pelo Tratado de Versailles transpareciam através de países "barrados ou convidados" (RUBIO, 2010, p. 59).

Ainda na fase de afirmação, os jogos seguintes, realizados na França, marcariam outra vez a presença dos jogos no cenário internacional. Coubertin, então presidente do COI, ia passar o bastão para o belga Baillet-Latour, e seu último pedido foi que tivesse uma “atenção especial aos países da América do Sul, os quais Baillet-Latour ajudou na organização dos Comitês Olímpicos Nacionais, que receberam o direito formal de indicar um membro cada para participar das instâncias de poder do COI” (RUBIO, 2010, p. 60).

Tradicionalmente marcado por dois blocos – anglofóno e francófono - o COI de Baillet-Latour sofreu grandes transformações com a introdução do Comitê Executivo como a instância máxima de decisões da entidade, deixando para trás a forma autocrática de comando de Pierre de Coubertin, e se aproximando das Confederações Internacionais das modalidades esportivas como forma de universalizar o esporte. Foi nesse contexto que se realizaram os Jogos de Amsterdan 1928 (RUBIO, 2010, p. 60).

O colapso na bolsa de valores de Nova York, em 1929, também alterou o Movimento Olímpico, refletindo na ausência de atletas. Porém, entende-se que somente um “conflito político de caráter internacional era capaz de inviabilizar a competição”, e em 1932, mesmo com os efeitos da crise econômica, as Olimpíadas de Los Angeles foi realizada. Foi construída uma Vila Olímpica, com casas e não dormitórios, a cerimônia de abertura foi dirigida por um diretor de cinema, Cecil B. De Mille, além da construção do estádio Memorial Coliseum. Segundo Rubio, “o padrão hollywoodiano de produzir espetáculos chegava aos Jogos Olímpicos”. Os Jogos de Los Angeles geraram lucros na casa de um milhão de dólares e que isso só foi possível graças às estratégias comerciais do presidente do Comitê Olímpico Americano, que viria no futuro se tornar presidente do COI, Avery Brundage (RUBIO, 2010, p. 60, 61).

A última edição dessa fase é a mais analisada e discutida por pesquisadores a respeito da "influência da política e da ideologia no Olimpismo". A edição de Berlim é marcada pela presença de Hitler e pela "determinação de mostrar ao mundo a perfeição do nazismo" (RUBIO, 2010, p.61). Aspectos importantes marcam a edição. O antissemitismo já estava indicado através do conjunto de três leis: A Lei de Cidadania do Reich, a Lei para a Proteção do Sangue Alemão e da Honra Alemã e a Lei da Bandeira do Reich, conhecidos também como os Decretos de Nuremberg, criados pelo Partido Nazista em 1935. As duas primeiras leis estavam vinculadas a ideia de raça. A Lei de Cidadania do Reich definia como cidadão “uma pessoa que é de sangue ou parentesco alemão e a Lei Lei para a Proteção do Sangue Alemão e da Honra Alemã “proibia o casamentos entre duas raças e também as relações sexuais entre judeus e pessoas “de sangue ou parentesco alemão”, entendendo os nascidos dessas relações como uma raça miscigenada, não pura (ENCICLOPÉDIA DO HOLOCAUSTO, 2022).Nessa conjuntura houve perseguição a Theodore Lewald,então membro do comitê organizador dos jogos, alemão com parte da família judaica, porém Bailler-Latour, presidente do COI, respondeu dizendo que "no momento em que fosse hasteada a bandeira olímpica aquele território passaria a ser Olímpia" e governado pelo comitê (RUBIO, 2010, p.61). De acordo com Rubio, Hitler "sabedor da importância e abrangência daquele evento" cedeu às pressões dos dirigentes do COI. Aproximadamente três mil jornalistas estavam presentes para a cobertura da edição, "fosse pelo crescente interesse do esporte ou por curiosidade" com o que acontecia na Alemanha. A pesquisadora afirma que:

Não há dúvida de que os Jogos de Berlin foram um sucesso de organização e de público, êxito que custou 30 milhões de dólares ao governo, destinados à construção de estádios, ginásios, piscinas e demais instalações. Em troca o público deixou nos cofres dos organizadores algo em torno de 2.800.000 dólares, afirmando o que já se percebera em Los Angeles quatro anos antes. Os Jogos Olímpicos podiam ser altamente rentáveis (RUBIO, 2010, p.61).

Compreende-se que a imagem do governo de Hitler saiu reforçada em solo alemão e no exterior, e que tanto a Alemanha como os governos aliados, como os italianos e japoneses, provaram ali que o esporte pertencia a indústria moderna e sua capacidade de planejamento e execução e “não era patrimônio de nenhuma cultura concreta” (RUBIO, 2010, p.61). Podemos ver que o esporte olímpico foi cooptado para a promoção do Estado e para o fortalecimento de suas ideologias. Além disso podemos entender que ao sediar uma edição dos Jogos Olímpicos há uma renovação nas estruturas internas dos países. Fica nítido que não há como pensar o esporte Olímpico como um movimento apolítico.

A fase do conflito, de 1948 a 1984, é marcada pelo pós-guerra. A divisão do mundo em dois blocos políticos, ideológicos e econômicos fez com que se travassem “batalhas sem sangue” para a afirmação de superioridade. Um bloco capitalista liderado pelos Estados Unidos e outro socialista liderado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). E, segundo Rubio, o esporte foi acoplado como um campo de batalha (RUBIO, 2010, p. 61, 62). Em meio a conjuntura política e social mundial o quadro de medalhas passou a significar superioridade, algo que o próprio Movimento Olímpico não pretendia. Assim, entendia-se de que grandes nações produziam grandes atletas demonstrando a força dos países divididos de forma binária (RUBIO, 2016, p.62).

Rubio ressalta que em 1948, nas Olimpíadas de Londres a política ocupava protagonismo nas decisões. A Alemanha foi barrada e o Japão decidiu não participar. A União Soviética também não participou, alegando que não possuíam um Comitê Olímpico estruturado, porém enviou um grupo de observadores. Na edição de Helsinque, Finlândia, em 1952, 69 medalhas para União Soviética contra 76 dos Estados Unidos. Pela primeira vez a Finlândia recebia a União Soviética, desde a invasão da antiga Rússia em 1939 (RUBIO, 2016, p.62). Segundo a autora, a tensão também foi demonstrada pelo fato da União Soviética alegar motivos variados para não compartilhar a Vila Olímpica, ocupadas pelos países do outro bloco. A delegação com mais de 300 atletas “e seus aliados comunistas alojaram-se em uma base militar soviética, em território finlandês, no Mar Báltico. Já com Alemanha e Japão, a edição de Helsinque bateu recorde de participações, 4.925 atletas de 69 nações. Uma das teses apresentadas no texto é a de que a “esfera esportiva compactuou dos dilemas oriundos da presença de uma nova e forte ideologia socialista” (RUBIO, 2016, p.62). Os dirigentes do COI, aristocratas, se dividiram entre a ideia da congregação e a antipatia ao comunismo. Na edição de 1956, em Melbourne, na Austrália, Espanha, França e Suíça se ausentaram dos jogos devido à invasão da União Soviética na Hungria. Esses dilemas acabaram por prejudicar a carreira de atletas que tiveram que se despedir dos Jogos nas vésperas devido aos conflitos entre países (RUBIO, 2016, p.62). No caso, atletas chineses, por conta do reconhecimento de Taiwan. Vale ressaltar que o ciclo olímpico são de, em média, quatro anos de preparação. A autora afirma que problemas com países como Alemanha, Coreia e China ficaram sem solução durante décadas. Divisões desiguais entre o número de atletas da Alemanha Oriental e Ocidental, divisões de delegações, no caso da China e Alemanha. Outros tipos de conflitos relacionados aos países sede também ocorreram, como no caso do México, discriminados por não ser um país desenvolvido. O México foi o primeiro país latino americano a sediar uma edição dos jogos. Tudo que estava em ebulição nos anos 1960, regimes militares, crescimento dos movimentos raciais nos Estados Unidos, protestos estudantis na França, a invasão da Tchecoslováquia pelos soviéticos, fizeram parte da edição do México. Dois atletas americanos foram banidos para sempre das competições esportivas por protestar no pódio contra discriminação racial. Uma ginasta tcheca, não cumprimentou as rivais soviéticas durante a premiação, quebrando o protocolo formal (RUBIO, 2016, p.62).

Nos Jogos de Berlin, em 1972, houve um dos principais marcos da história dos jogos olímpicos. Uma invasão à Vila Olímpica de Munique, resultou em 18 mortes, entre atletas, membros da delegação, terroristas, um piloto de avião e um policial. O episódio também ficou conhecido como Massacre de Munique. O ataque foi feito pelo grupo palestino Setembro Negro, “um dos braços armados da Organização para Libertação da Palestina”, que exigiam a libertação de 250 presos palestinos (RUBIO, 2016, p.63). Segundo a autora, a Alemanha buscava “apagar as marcas dos Jogos de Berlin”, também relembrados como os Jogos do Nazismo (RUBIO, 2016, p.63). Na época, o jornal brasileiro Diário de Notícias escreveu:

os alemães quiseram apagar em Munique a deprimente história de 1936, quando um ditador esquizofrênico deslustrou as olímpiadas de Berlim, ao tentar capitaliza-las politicamente em benefício da sua teoria de superioridade da raça ariana. Mas as lembranças da terça-feira sangrenta não puderam ser apagas” (DIÁRIO DE NOTÍCIAS, 1972, p.2).

O maior espetáculo esportivo do mundo virou um palco perfeito para protestos, nesse extremo resultando em mortes. Seguiram a competição após um dia de pausa. Segundo Rubio, “não restava dúvidas sobre a lógica que prevalecia sobre a competição olímpicas: nada seria capaz de impedir o maior espetáculo do planeta” (RUBIO, 2016, p.63).

Um dos terroristas envolvidos no Massacre de Munique, 1972. Disponível em: https://veja.abril.com.br/esporte/a-ferida-do-atentado-contra-israelenses-nos-jogos-de-1972-segue-aberta

Nos jogos de Montreal, em 1976, no Canadá, houve um boicote por parte de 23 nações africanas, pelo motivo de um jogo de hóquei disputado entre Nova Zelândia e África do Sul. A África do Sul, no caso, estava banida dos Jogos Olímpicos por suas políticas de segregação racial. Na edição de Moscou, em 1980, na Rússia, como resultado da invasão por parte dos soviéticos ao Afeganistão, 61 países boicotaram a edição com a não participação, liderados pelos americanos. Essa foi a primeira realização dos Jogos em um país socialista. Em 1984, em Los Angeles, nos Estados Unidos, houve um boicote de 16 países do bloco socialista como resposta. Como alegação “falta de segurança para seus atletas, a participação de atletas profissionais e a instalação de mísseis na Europa” (RUBIO, 2010, p.63, 64). Anos depois, parte dos atletas americanos foram acusados do uso de substâncias proibidas para o alto rendimento. Os jogos de 1984 em Los Angeles rendeu 250 milhões de dólares, sendo a primeira edição a isentar custos por parte do governo. Segundo a autora, em sua análise, os dois grandes boicotes, por parte dos blocos, e a profissionalização dos atletas marcam o fim de período (RUBIO, 2010, p.64).A fase do profissionalismo começa a partir de 1984. Segundo a autora o poder financeiro superou o espírito do amadorismo, faltava um entendimento geral sobre a condição do amador. Segundo Rubio, já haviam profetizado que essa disparidade ocorreria no esporte, devido as compreensões diferentes entre países capitalistas e socialistas “sobre o papel desempenhado por seus atletas no cenário olímpico” (RUBIO, 2010, p.64).

Aqui, abrimos um parênteses para explicar, o que havíamos grifado no texto passado, a condição de amador. Um grupo de trabalho aprovado no XIX Encontro Nacional da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO), em 2017, intitulado GT 27 O que é trabalho no esporte? Tem como coordenadoras a autora do texto, Rubio, Juliana Aparecida de Oliveira Camilo e Luciana Ferreira Angelo. Elas definem bem essa questão do amadorismo:

na história do Esporte, ao considerarmos que a transição de esporte amador para esporte profissional decorreu da excessiva competitividade da sociedade contemporânea levando a um abandono das atividades tidas como amadoras (as realizadas por coração!). Aqui vale lembrar o incentivo à especialização, estrutura do Esporte Moderno que apresenta os mesmos valores da sociedade capitalista, como a necessidade de mensuração dos resultados. A profissionalização no esporte alterou a organização esportiva, sendo que a ideia de carreira profissional passa a ser, de fato, uma opção de vida (GT27, 2017)

O que podemos compreender aqui é que a competição entre os blocos, de certa maneira, contribuiu para a profissionalização do esporte. Essa profissionalização diz respeito as condições criadas para que atletas dediquem mais tempo a modalidade praticada. Mas isso não quer dizer que todos os esportes sejam contemplados da mesma forma, considerando que ainda há muitos atletas de alto nível que combinem jornadas de trabalho comuns como esporte. “Segundo uma pesquisa de 2024 da Global Athlete, grupo de defesa focado no bem-estar dos atletas, cerca de 71% dos atletas olímpicos, paralímpicos e aspirantes relatam ter um emprego remunerado fora do esporte” (ROELOFFS, 2024).

Ainda na edição de Los Angeles, em 1984, a Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) “proibiu a participação nos Jogos Olímpicos de atletas que já haviam disputado alguma Copa de Mundo independente da idade”. Devido a disparidade física em algumas modalidades o argumento sobre a falta de paridade nas disputas venceu (RUBIO, 2010, p.64). Rubio compreende que a introdução de transmissão televisiva também alterou valores do amadorismo, devido a visibilidade dada aos atletas e o interesse de marcas e empresas pelos mesmos.

SIMONS e JENNINGS (1992) denunciaram esse fato na obra “The lords of rings” informando como o poder econômico minava os ideais olímpicos tão duramente defendidos por Pierre de Coubertin ao longo de sua vida. A questão central dessa investigação era a relação próxima e discutível entre o COI, a FIFA e uma empresa de material esportivo e os diversos negócios proporcionados por essa parceria (RUBIO, 2010, p64).

O gigantismo dos Jogos Olímpicos levou a maior profissionalização tanto dos atletas como do COI. Maior necessidade de infraestrutura, acomodação de atletas e turistas. A edição de Los Angeles, já citada, demonstrou que o marketing esportivo conseguia cobrir despesas e render lucro. Mas, segundo Rubio, foi a edição de Barcelona, em 1992, que apresentou o símbolo da profissionalização do esporte: o time de basquete norte-americano, chamado de “dream team” de Michael Jordan e companhia (RUBIO, 2010, p.65). Na mesma edição foram admitidas modalidades “associadas ao esporte profissional”, no caso dos ciclistas da volta da França e dos tenistas com melhores colocações no ranking mundial. “Na lógica interna do esporte contemporâneo especialização e profissionalização são inevitáveis” (RUBIO, 2010, p.65), devido a ideia de alta performance o “doping” aparece como questão a ser superada. Segundo Rubio, há um debate enquanto a ideia de vencer a qualquer custo, onde valores éticos são preteridos e alguns excessos aceitos. O que pode inviabilizar o princípio do “fair play” (RUBIO, 2010, p.65, 66). Assim o esporte se converte em uma atividade profissional, com atletas de alto nível, ciclos olímpicos, carreiras breves, mudanças de ordem prática e moral, conforme aponta Rubio (RUBIO, 2010, p.66). Atletas vitoriosos e vitoriosas pelos ganhos financeiros através da carreira e da associação de suas imagens a marcas e produtos, entrelaçados, na ideia de conquista de resultados.

Segundo a linha de raciocínio traçada pela pesquisadora, "é possível observar claras rupturas ao longo de mais de um século de existência" (RUBIO, 2010, p.56). Apesar do COI declarar-se apolítico (RUBIO, 2010, p.56), acaba por ver-se envolvido em assuntos e situações que ultrapassam a prática do esporte. Esses envolvimentos acabam por alterar os rumos, assim como determinar novas concepções dentro da organização. Segundo a autora, com mais de 100 anos de existência, o Movimento Olímpico Moderno acaba por revelar que sua política caminha em relação dinâmica com a sociedade. De certa maneira, podemos entender que as pressões e disputas sociais, políticas, econômicas e religiosas acabam por moldar, organizar, ou direcionar, mudanças na capacidade humana de transformar uma atividade lúdica, em essência, no que chamamos hoje de esporte moderno.

Rebeca Andrade com a medalha de ouro que a tornou a maior campeã brasileira na história dos Jogos. Olimpíadas de Paris, 2024. Disponível em: https://www.terra.com.br/diversao/tv/ninguem-reparou-mas-a-unha-de-rebeca-andrade-fez-a-previsao-sobre-o-ouro-dela-nas-olimpiadas-entenda,eb59babe6e36f1b81ac597aa

Referências.

DIÁRIO DE NOTÍCIAS. Silêncio e pesar fecham as Olimpíadas de Munique. P. 2. N.º 15.301. Rio de Janeiro, 12/09/1972. Disponível em: https://memoria.bn.gov.br/docreader/DocReader.aspx?bib=093718_05&pagfis=20096. Acesso em: 28/08/2024.

ENCICLOPÉDIA DO HOLOCAUSTO. O que eram as Leis Raciais de Nuremberg? 2022. Disponível em: https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/the-nuremberg-race-laws. Acesso em 27/08/2024.

GT27. O que é trabalho no esporte? XIX Encontro Nacional ABRAPSO. 2017. Disponível em: https://www.encontro2017.abrapso.org.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=440. Acesso em: 28/08/2024/

ROELOFFS, M. W. Atletas olímpicos fazem bicos e têm outros empregos para se manter. 2024. Disponível em: https://forbes.com.br/carreira/2024/08/atletas-olimpicos-fazem-bicos-e-tem-outros-empregos-para-se-manter/. Acesso em: 28/08/2024.

RUBIO, K. Jogos Olímpicos da Era Moderna: uma proposta de periodização. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.24, n.1, p.55-68, jan./mar. 2010.


Acauã Allende Silva Capuchobacharel em História pela UNILA

 

Revisão: Rosangela de Jesus Silva




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